Publicado em 03/08/2023 às 11:00, Atualizado em 03/08/2023 às 11:16
O programa “Estrada Viva” foi criado em dezembro de 2021 para monitorar rodovias com maior incidência de atropelamento de animais silvestres
Técnicos da área de meio ambiente da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) estão ampliando as ações do programa “Estrada Viva” em Mato Grosso do Sul para reduzir o número de atropelamentos de animais silvestres nas rodovias estaduais. Entre instalações de controladores de velocidade, telas condutoras de fauna e placas lúdicas para orientar motoristas, as novas medidas começam a ser aplicadas pelas equipes já neste segundo semestre do ano.
“Também estamos revisando o manual de orientações técnicas para deixar as novas rodovias nos parâmetros do programa, estudando um novo modelo de tela condutora de animais e organizando campanhas de sensibilização de motoristas”, explica o diretor de Meio Ambiente da Agesul, Ednilson Lopes.
O programa “Estrada Viva” foi criado em dezembro de 2021 para monitorar rodovias com maior incidência de atropelamento de animais silvestres e propor soluções para a redução dos acidentes. Atualmente, são 19 trechos monitorados em 16 rodovias, a maioria em municípios da Serra da Bodoquena.
Equipes fazendo o monitoramento na rodovia MS 450
Fazem parte do monitoramento do programa os seguintes trechos:
MS-040: de Campo Grande a Santa Rita do Pardo;
MS-382 A: de Guia Lopes da Laguna até o trevo da MS-178;
MS-382 B: de Bonito até a Baía das Garças;
MS-382 C: de Guia Lopes à MS-270;
MS-178 A: de Bonito até o aeroporto regional;
MS-178 B: de Bonito a Bodoquena;
MS-345 (Estrada do 21): entre Bonito e a BR-419 (Anastácio);
Estrada do Turismo: entre Bonito e o Rio Formoso;
MS-339: de Miranda até Bodoquena;
MS-450 (Estrada Parque Piraputanga): da BR-262 até a base do Morro do Paxixi, em Aquidauana;
Acesso a Piraputanga: rodovia de acesso à MS-450;
MS-180: de Juti a Iguatemi;
MS-290: entre as rovovias MS-180 e MS-163;
MS-473: entre Taquarussu e Nova Andradina;
MS-258: entre a BR-060 e a BR-163, na região do distrito de Anhanduí, em Campo Grande;
MS-166: entre Guia Lopes da Laguna, Antônio João e o Trevo do Copo Sujo, em Ponta Porã;
MS-384: da MS-267 (Caracol) à MS-164 (Ponta Porã);
MS-270: entre o distrito de Cabeceira Apa (Ponta Porã) e a MS-164;
BR-359: de Coxim à divisa com Mato Grosso;
Hoje, essas rodovias contam com 115 passagens inferiores de fauna, além de radares eletrônicos e telas condutoras de animais. Com a implementação das ações do “Estrada Viva”, elas receberão, ainda em 2023, 29 controladores de velocidade, 8.100 metros de telas condutoras e 59 placas lúdicas, com imagens de animais da biodiversidade sul-mato-grossense, como onças, tamanduás e capivaras, entre outros.
“Estamos aprimorando o programa em defesa da vida das pessoas que usam as rodovias e também dos animais. Já para o mês de agosto, no Festival de Inverno de Bonito, estamos organizando uma campanha de conscientização de motoristas pela prevenção de atropelamentos nas rodovias estaduais”, comenta Ednilson Lopes.
Manual de orientações técnicas
Desde o lançamento, o “Estrada Viva” possui um “Manual de orientações técnicas para mitigação de colisões veiculares com a fauna silvestre nas rodovias de Mato Grosso do Sul” – considerado uma das principais ferramentas do programa, que funciona como um guia para novos projetos de pavimentação de rodovias no Estado. O documento, que terá edição revisada, é utilizado como base de projetos para que novas estradas pavimentadas tenham dispositivos de segurança para os animais, como passagens inferiores de fauna.