Estudo publicado pelo Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul mostra que desde 2010 as áreas de pastagens diminuíram 4,2 milhões de hectares em MS, uma queda de 19,32% em 13 anos. Essa área é equivalente a duas vezes o tamanho do estado de Sergipe, segundo publicou o Campograndenews.
O Boletim Casa Rural – Sigabov, publicado recentemente com o levantamento, confirma que grande parte das áreas foram substituídas por cultura de grãos e florestas. Essa mudança de uso e ocupação está ligada à competitividade maior destas culturas e devido ao maior faturamento por hectare que elas proporcionam.
O avanço dos grãos e da celulose
Em 13 anos, as áreas de grãos avançaram na ordem 2,2 milhões de hectares, e de florestas plantadas foram 964 mil hectares, e a mais importante, a área de remanescentes florestais aumentaram 244 mil hectares. Esses aumento estão distribuídas no Estado, e na região sul se concentra a produção de grãos e na região leste a produção de celulose.
Essa distribuição está ligado a fertilidade do solo da região, originado pelo desenvolvimento geológico secular que ocorre no mundo. Essas atividades ocupam as áreas oriundas da pastagem, entretanto, essa pressão econômica gerou uma resposta positiva na pecuária, ou seja, uma necessidade de aumento da produção com maior atratividade financeira, devido ao aumento do consumo de proteína com qualidade e sustentabilidade pelo mercado consumidor.
Além da diminuição da área de pastagem a pecuária enfrentou uma diminuição do rebanho e diminuição nos abates. Apesar destes desafios, a pecuária contou com o uso de tecnologia produtiva como suplementação e IATF (inseminação artificial por tempo fixo), conseguindo no intervalo de 22 anos aumentar a oferta de proteína bovina em 9,15% para a sociedade.
A produção de proteína animal realizada pela pecuária de corte foi, portanto, impactada com a substituição das áreas de pastagem por outras atividades agrícolas, entretanto essa mudança trouxe benefícios para a pecuária de corte, tornando-a mais eficiente na produção, melhorando a qualidade do solo e exigindo tecnificação por parte dos produtores.
Pastagens degradadas diminuíram
Desde o ano 2000, mostra o boletim, Mato Grosso do Sul saiu de um índice de 41,4% das áreas com degradação severa para 37,5%, melhorando a produção, meio ambiente e a rentabilidade da pecuária. Essa melhora nas áreas classificadas como degradação severa, comparando o ano de 2000 até 2021, temos 1,8 milhão de hectares que saíram da classificação degradação severa.
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