Publicado em 21/10/2016 às 18:14, Atualizado em 21/10/2016 às 17:10

Direitos dos trabalhadores estão ameaçados, alertam sindicalistas

Sindicalistas de MS se reuniram na CNTC em Brasília para discutir aposentadoria, flexibilização trabalhista e outras ameaças aos direitos dos trabalhadores.

Redação,

Lideranças sindicais dos comerciários de Mato Grosso do Sul participaram esta semana em Brasília, de reunião para tratar das ameaças que pairam no Congresso Nacional, que retiram direitos adquiridos dos trabalhadores brasileiros. Deputados e senadores, eleitos pelos trabalhadores, mas que fazem parte da bancada patronal no parlamento, são favoráveis a propostas que flexibilizam os direitos trabalhistas, enfraquecem o movimento sindical e precarizam a vida do trabalhador.

A reunião foi da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio – CNTC, integrada por sindicalistas de MS. Idelmar da Mota Lima, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Grande – SECCG é diretor da CNTC, que se reuniu também com presidentes de federações, como a Fetracom/MS (Federação dos Empregados no Comércio e Serviços de MS), para discutir questões como reforma previdenciária, reforma trabalhista, terceirização e reforma sindical.

“Esta reunião da CNTC foi muito boa pois tratamos com detalhes de todas as ameaças que realmente pairam sobre a vida dos trabalhadores brasileiros e a maioria não se dá conta da gravidade que vem por aí”, afirma Idelmar, que preside também a Força Sindical Regional Mato Grosso do Sul.

Pedro Lima, presidente da Fetracom/MS e presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Dourados –SECOD (filiados à Força Sindical MS) também participou do encontro em Brasília e disse que o movimento sindical brasileiro, de maneira geral, está muito preocupado com o andamento dessas “ameaças” aos direitos dos trabalhadores. Segundo ele, a reforma previdenciária pode punir os aposentados, por conta da má administração governamental e previdenciária no País. “Os trabalhadores não podem, mais uma vez, pagarem pelos erros dos governantes. Além disso, existem outras formas de estancar gastos para sobrar para a aposentadoria e essas medidas não são tomadas por nossas autoridades. O que é lamentável”.

As lideranças sindicais de Mato Grosso do Sul e do País são unânimes em afirmar que os trabalhadores e as entidades que os representam não podem ficar de braços cruzados enquanto toda essa avalanche de mudanças ameaça pessoas e entidades de classe. “Precisamos pressionar nossos representantes políticos, eleitos pelos trabalhadores brasileiros, a votarem matérias que vão de encontro à maioria dos trabalhadores e não da minoria, a classe patronal”, afirma Idelmar da Mota Lima, diretor da CNTC e presidente da Força Sindical Regional Mato Grosso do Sul.

O presidente da confederação, Levi Fernandes Pinto afirmou que o momento é de muita preocupação, uma vez que a bancada patronal no Congresso Nacional pretende votar propostas que flexibilizam os direitos trabalhistas, enfraquecem o movimento sindical e precarizam a vida do trabalhador.

“Somos milhões de trabalhadores que enfrentam diariamente o pior da crise, com demissões, precarização do emprego, jornadas exaustivas, perda de direitos e de garantias constitucionais. A pressão do setor patronal e empresarial nunca foi tão grande . Vimos o Congresso Nacional ser pressionado a aprovar leis que retiram direitos fundamentais de nós trabalhadores”, afirma Levi Fernandes.

O presidente da CNTC disse ainda que “Nunca foi tão importante mantermos nossa atuação para pressionar os parlamentares, matermos nossa base informada a respeito dos riscos que estamos correndo e a população consciente sobre o retrocesso que pretendem aprovar”, lamentou.

Fonte:Wilson Aquino