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02/12/2023 às 12:00, Atualizado em 01/12/2023 às 22:43

Detran/MS faz alerta para riscos e exigências legais no uso de carretinhas

Embora não seja preciso pagar IPVA ou seguro obrigatório (DPVAT), a taxa de licenciamento da carreta deve ser paga anualmente.

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Divulgação

O trágico acidente que vitimou um condutor na ridovia MS-060, na última quarta-feira, dia 29 de novembro, acende um alerta de segurança para proprietários e condutores de reboques, popularmente chamadas de carretinhas. Esses dispositivos são uma extensão do veículo, por isso necessitam de cuidados de manutenção e principalmente atender as regras do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

A chefe da Divisão de Controle de Veículo do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul), Karoline Albuquerque, alerta que o reboque deve ser registrado e licenciado, ganhando placa e documento (CRLV). Embora não seja preciso pagar IPVA ou seguro obrigatório (DPVAT), a taxa de licenciamento da carreta deve ser paga anualmente.

Ela explica que os reboques devem possui selo do Inmetro e plaqueta do fabricante, com informações que determinam a quantidade de peso que o dispositivo poderá levar. “É importante que a carreta tenha especificada sua “tara”, que é o peso máximo que o dispositivo suporta. Isso é estabelecido pelo fabricante e consta no documento do veículo”.

Karoline ainda elenca uma série de dispositivos de segurança que as carretas devem possuir, como:

lanternas de posição traseiras na cor vermelha

luzes de freio na cor vermelha

setas indicadoras de direção traseiras

faixas refletivas vermelhas e brancas nas laterais e na traseira

para-choque traseiro

protetores das rodas traseiras

freios de estacionamento e de serviço com comandos independentes, para veículos com capacidade superior a 750 Kg e produzidos a partir de 1997

placa de identificação traseira com iluminação

“Os itens de segurança dessa lista, são estabelecidos pela Resolução CONTRAN Nº 912, de 28 de março de 2022 e são importantes para garantir a segurança desses veículos”, explica.

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) considera o reboque como veículo. Dessa forma, precisa atender às mesmas regulamentações dos carros e ser registrado no Detran dos Estados. Mato Grosso do Sul possui atualmente uma frota de 48.790 reboques.

Cuidados mecânicos

Trabalhando no ramo de venda, locação e manutenção de carretas há 10 anos, o empresário Fabricio Valverde, acredita que principal item de segurança é o acoplador, conhecido também como “munheca”. Ele explica que esse item é responsável por ligar a carreta ao veículo e deve receber cuidados especiais. “Os acopladores são os mais importantes, mas devemos ficar atentos também aos rolamentos, que devem ser bem engraxados, pneus bons e sempre calibrados, uma boa corrente de engate, entre outros”, disse Fabrício.

Fabrício conta que, algumas vezes, os proprietários de carretinhas deixam de fazer a manutenção do veículo quando não estão em uso. Os donos deixam o reboque no sol e na chuva e depois colocam para rodar. É importante fazer a manutenção como um veículo normal”, enfatiza o empresário.

Condução cautelosa

Como extensão do veículo, as carretinhas demandam de cuidados em sua condução. A cautela ao conduzir veículos que estão acoplados deve ser redobrada. O gestor de Educação de Trânsito, Ivar Custódio explica que a atenção deve ser redobrada.

“Assim como o veículo que traciona, nas carretinhas também é essencial verificar os equipamentos obrigatórios de segurança, tais como pneus e sistema de iluminação. É importante também observar as condições estruturais e respeitar sua capacidade máxima de carga. Além disso, o condutor precisa ter a habilidade necessária para, com segurança, transitar, fazer as conversões e estacionar com a carretinha adequadamente, haja vista a extensão dos veículos quando combinados”, pontua.

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