Publicado em 18/02/2025 às 15:00, Atualizado em 18/02/2025 às 17:27
Titular da delegacia, Elaine Benicasa colocou cargo à disposição após conversar com DGPC Lupércio Degerone
As duas delegadas da DEAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Campo Grande que atenderam a jornalista Vanessa Ricarte horas antes do seu feminicídio pediram para deixar a unidade após da repercussão do atendimento à jornalista, morta pelo noivo a facadas.
Também a titular, Elaine Benicasa, colocou o cargo à disposição até que as investigações sejam concluídas na Casa da Mulher Brasileira. A informação foi dada em reunião sobre o assunto, na Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira (18).
De acordo com o deputado Coronel David, após reunião com o secretário da Sejusp-MS (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul) Carlos Videira, e a ministra da Mulher Cida Gonçalves, a delegada Riccelly Maria Albuquerque Donhas, que registrou o boletim de ocorrência feito por Vanessa horas antes da morte, pediu para sair da unidade após a repercussão dos áudios da vítima.
Em áudios gravados pela jornalista Vanessa Ricarte antes de morrer, uma delegada teria dito para ela mesma ligar para Caio, pedindo que ele deixasse a sua residência. Trata-se de Lucélia Constantino, também em estágio probatório, que teria feito o atendimento à Vanessa quando ela foi buscar a medida protetiva expedida pela Justiça naquela tarde.
Mas ao chegar em casa, apenas com um amigo e sem a polícia, Vanessa foi morta com três facadas por Caio Nascimento. Em entrevista coletiva, a delegada titular da Deam, Eliane Benicasa, disse para toda imprensa campo-grandense que teria oferecido escolta, mas a jornalista teria ‘rejeitado’.
Benicasa colocou o cargo à disposição após conversa com o DGPC (Delegado Geral da Polícia Civil de MS), Lupércio Degerone. O Jornal Midiamax tentou contato com as três delegadas, mas apenas Riccelly Donhas atendeu. Ela informou que não se manifestaria sobre o caso.