Publicado em 03/01/2024 às 09:41, Atualizado em 03/01/2024 às 10:46

Criadores de novilho precoce em MS recebem R$ 7,8 milhões em bonificação

O número de abates em 2023 superou o ano anterior em 40%, calcula associação de produtores

Redação,
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Rebanho de novilho precoce criados a pasto em propriedade rural de MS. (Fotos: Divulgação) 

No ano de 2023, os pecuaristas ligados à ASPNP (Associação Sul-mato-grossense de Produtores de Novilho Precoce) receberam, além dos valores pagos pela arroba, o montante de R$ 7,8 milhões. A soma diz respeito às bonificações oferecidas pelos frigoríficos parceiros da associação, aos produtores que apresentam animais de acordo com as especificações de idade, qualidade de carcaça e critérios ligados à sustentabilidade.

O valor é superior aos anos anteriores e se justifica pelo volume de associados e de abates, que também avançaram neste ano. "Há um empenho positivo da associação em avançar no volume de animais encaminhados para a indústria e no número de associados; isso representa mais pecuaristas bem informados sobre exigências de diferentes mercados e empenhados em sustentabilidade e novas tecnologias", pontua o presidente da Novilho Precoce MS, Rafael Gratão.

O número de abates em 2023 atingiu um recorde de 160 mil cabeças, 40% a mais que o ano anterior, quando foram encaminhadas 114 mil cabeças à indústria. O número de associados passou de 342 para 425, que dividiram o valor de R$ 7,8 milhões de bonificação em 2023. Entre todos os animais destinados à indústria frigorífica pelos associados da Novilho Precoce MS, mais de 90% atenderam aos requisitos ligados à idade e ao acabamento.

A associação projeta 12% a mais no volume de abates para 2024.

Programa sofreu alterações

A partir de agora, para efeitos do cálculo para o pagamento do incentivo do animal precoce abatido, será feita uma valorização diferenciada, de forma que: 50% do valor do incentivo a ser pago ao produtor seja resultante do impacto da dimensão processo produtivo (estabelecimento rural); e 50% do valor do incentivo a ser pago ao produtor seja resultante do impacto da dimensão produto obtido.

A gestora do Programa Precoce MS, Médica Veterinária Gladys Espíndola reforça que com a modernização do programa, será feita a implantação de protocolos de produção nos estabelecimentos rurais envolvidos. “Neste processo será ampliado o papel das Organizações Associativas credenciadas pela Semadesc que realizarão os trabalhos de verificação e validação do nível do sistema produtivo dos estabelecimentos cadastrados no Precoce/MS”, explicou.

* Com informações da ASPNP (Associação Sul-mato-grossense de Produtores de Novilho Precoce)