Coxim, foi tomada por um clima de festa e muita emoção nesta sexta-feira (30-09) dia da inauguração da estátua do compositor e coxinense ilustre, Zacarias Mourão.
Concebida pelo artista plástico Ique, a peça foi instalada na praça que também leva o nome do músico, sob a árvore famosa plantada pelo próprio Zacarias Mourão, que morreu em 1989. Compositor e poeta, Zacarias Mourão foi autor de várias músicas, mas a mais conhecida é Pé de Cedro.
A inauguração da estátua contou com a presença de moradores, autoridades e familiares do músico com a filha e netas.
"Estou muito feliz e emocionada ao ver essa homenagem ao meu pai que tanto fez pela sua terra natal, divulgando Coxim pelo Estado afora através da sua poesia, de suas músicas", comentou Lígia Mourão, filha de Zacarias.
Retornar para Coxim nesta sexta-feira e receber o carinho de toda a população gerou uma explosão de emoção em Lígia, que mora na Capital. "Só tenho a agradecer ao Ique, que produziu essa estátua que parece viva, mas também a esse povo. Tenho recebido um carinho muito grande a cada abraço, é um amor muito grande a cada pessoa que fala que era apaixonada pelo meu pai, pelas músicas deles, pela nossa família. Se depender desse povo e de mim o meu pai jamais será esquecido", diz emocionada.
O dia da inauguração da estátua também ficará marcado pelos shows de Almir Sáter e Sérgio Reis dois gigantes da música sertaneja, que eram amigos de Zacarias, e que hoje são as atrações principais da noite cultural organizada pela Secic (Secretaria de Estado de Cidadania e Cultura) do Estado. A banda Hermanos Irmãos e violeiros locais também se apresentam nesta noite em evento na cidade.
"Esse ato é uma referência a ele (Zacarias) quanto musico, artista, como homem da cultura que ajudou a projetar o Mato Grosso do Sul para o Brasil e para o mundo", diz o titular da pasta Eduardo Romero a respeito da homenagem ao compositor.
Pé de Cedro, clássico da obra de Zacarias Mourão.
“Foi no belo Mato Grosso, há 20 anos atrás
Naquele tempo querido, que não volta nunca mais. Nas matas onde eu caçava, um pequeno arbusto achei. Levando pra minha casa, no meu quintal o plantei. Era um belo pé de cedro, pequenino, em formação.
Sepultei suas raízes, na terra fofa do chão
Um dia parti pra longe, amei e também sofri
20 anos se passaram, em que distante vivi
À Virgem Santa sagrada, uma prece eu vou fazer
Junto ao meu pé de cedro é que desejo morrer
Quero sua sombra amiga projetada sobre mim
No meu último repouso, na cidade de Coxim
Hoje volto arrependido, para o meu antigo lar
Abatido e comovido, com vontade de chorar
De rever meu pé de cedro, que está grande como o que
Mas é menor do que a saudade, que hoje sinto de você
Cresceu como minha mágoa, cresceu numa força rara
Mas é menor que a saudade, que até hoje nos separa
A terra ficou molhada do pranto que derramei
Que saudade, pé de cedro, do tempo em que te plantei
Que saudade, pé de cedro, do tempo em que te plantei” - Conteúdo reproduzido do site Campograndenews
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