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02/12/2025 às 11:06, Atualizado em 02/12/2025 às 14:51

Conto: A Casa das Luzes que Nunca se Apagam

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Divulgação

Era dezembro. A pequena cidade já começava a se enfeitar com luzes, presépios e árvores decoradas. Mas, naquela casa simples no final da rua, não eram os enfeites que chamavam atenção — era o que se sentia ao entrar: paz.

A família Menezes não tinha muito dinheiro, mas possuía algo que nem sempre se comprava: a fé.

Tudo começou com uma oração silenciosa de dona Rosa, a mãe. Ela sempre dizia:

— Deus mora onde a gente deixa a porta aberta para Ele.

Os filhos cresceram ouvindo isso, mas naquele ano, algo foi diferente. A família atravessava dificuldades: contas acumuladas, o pai sem trabalho, a morte recente de um avô muito amado. O Natal parecia distante… até frio.

E foi aí que a filha mais velha, Clara, fez algo simples: ajoelhou no chão.

— Senhor, ensina a gente a celebrar o Natal do jeito certo. Não com fartura, mas com o coração cheio de Ti.

Parecia um pedido pequeno, mas Deus sempre escuta o que nasce da sinceridade.

Naquela noite, a família decidiu fazer algo que nunca tinha feito: ler juntos a história do nascimento de Jesus. Sem pressa. Sem distrações. Cada um segurando uma vela.

Quando terminaram, a luz caiu na cidade inteira. Escuridão total. Menos naquela casa.

Porque ali ainda havia luz.

As velas continuavam acesas, e Clara disse:

— A luz de Jesus nunca se apaga.

Eles se olharam como quem finalmente entende algo que sempre esteve diante dos olhos. Não era sobre enfeites, presentes ou comida. Era sobre Ele. Sobre o Menino que nasceu num lugar simples para ensinar que Deus mora onde é amado.

Então, foram até a casa da vizinha, que morava sozinha. E depois levaram comida àquele senhor da esquina. E chamaram as crianças para cantar. A cidade ainda estava no escuro, mas de repente, pequenas luzes começaram a se acender, uma a uma, porque a fé é assim: se espalha.

Naquela noite, sem perceber, eles viveram o maior Natal de suas vidas.

O pai, emocionado, disse:

— Eu não tenho presentes para dar… mas tenho algo que eu nunca quero perder: minha família diante de Deus.

A mãe completou:

— E Ele é o nosso maior presente.

A pequena Emy perguntou:

— Então o Natal é quando Jesus vem morar com a gente?

A mãe sorriu e respondeu:

— Não, filha… Jesus já mora aqui. A gente só esquece de abrir a porta.

E naquele instante, a cidade inteira voltou a ter luz.

Mas foi naquela casa simples que Deus brilhou primeiro.

Porque quando uma família decide buscar Deus, Ele transforma tudo:

o medo em coragem, a dor em esperança, a falta em gratidão,

e a casa em lar.

E aquela família nunca mais celebrou o Natal por tradição.

Mas por fé.

Porque descobriu que o maior presente é saber que Jesus nunca deixou de estar ali.

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