Publicado em 16/09/2016 às 13:29, Atualizado em 16/09/2016 às 14:50
Os encontros são realizados quatro vezes por semana, no período noturno, na Escola Estadual Irman Ribeiro.
A formação continuada de professores para a leitura e escrita de textos na internet é o tema de um projeto de extensão desenvolvido pelo Campus Nova Andradina do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS).
Intitulado “Estratégias de hipertextualização e autoria colaborativa”, o projeto é desenvolvido em parceria com os Núcleos de Tecnologia Educacional Estadual (NTE) e de Nova Andradina (NTM), e recebe auxílio financeiro do IFMS ofertado por meio de edital lançado em 2015.
O curso tem 19 participantes, a maioria professores da rede pública municipal, estadual e do Instituto Federal. Três monitores, estudantes do curso técnico integrado em Informática, acompanham as atividades.
Os encontros são realizados quatro vezes por semana, no período noturno, na Escola Estadual Irman Ribeiro de Almeida Silva. A duração total do curso é de 140 horas.
O projeto busca promover habilidades e competências para a escrita e leitura na internet, conforme o perfil dos produtores de conteúdo e leitores da atualidade, e está dividido em dois módulos: hipertextualização e autoria colaborativa.
No curso são abordadas as características do hipertexto digital, o processo de ensino e aprendizagem para o século XXI, as ferramentas digitais e a produção textual colaborativa.
A docente do Campus Nova Andradina, Azenaide Vieira, uma das responsáveis pelo projeto, explica que a iniciativa nasceu de uma necessidade que os professores têm atualmente. “Com as tecnologias digitais existentes, pretendemos mostrar aos participantes que o aluno agora é outro e lê de outra forma”.
Colaboração – Azenaide, que esteve recentemente na Finlândia participando do Programa Professores para o Futuro, destaca que as aulas se baseiam no método de aprendizagem ativa (active learning), a partir de uma abordagem de ensino centrada no estudante e no princípio de que se aprende fazendo.
Os participantes do curso estão divididos em quatro grupos de trabalho para o desenvolvimento das atividades. As avaliações são feitas pela demonstração de competências, por meio de apresentações orais e publicações no blog do projeto.
“Toda a produção é feita de maneira colaborativa. Eles são levados a aceitar a visão e a colaboração do outro, o que muitas vezes pode ser difícil. Além disso, essa forma de trabalho faz com que eles compreendam que existem novas formas de escrever o mesmo texto”, afirma Azenaide.
Para Loana Krüger, professora de língua portuguesa em Batayporã, o curso amplia as possibilidades de utilização de tecnologias em sala de aula. “Existem muitas ferramentas que já utilizamos no dia a dia e que também podem ser usadas com finalidades pedagógicas. Algumas delas, como os questionários online, pretendo utilizar nas minhas aulas em breve, inclusive para a criação de simulados”.
A pedagoga e professora de tecnologias e recursos midiáticos, Edna Paula Enz, destaca que o método de aprendizagem é um dos diferenciais do curso. “Nas atividades, somos levados a pensar enquanto grupo. A construção dos textos e das páginas, a partir do uso de imagens, vídeos e links, é feita sempre de forma conjunta, o que é uma novidade para nós”.
A conclusão do curso está prevista para outubro. Mais informações sobre o projeto e o conteúdo produzido pelos participantes estão disponíveis no blog do projeto: www.hipertextoecolaboracao.blogspot.com.br.
Fonte - Assessoria