Publicado em 24/08/2021 às 15:00, Atualizado em 24/08/2021 às 12:25
As ações de combate, prevenção e monitoramento dos focos de calor estão sendo desenvolvidas pela Operação Hefesto há 53 dias no Pantanal
O Corpo de Bombeiros intensificou o combate aos incêndios florestais que ocorrem há vários dias na região do Carandazal, Pantanal do Nabileque, entre Corumbá e Porto Murtinho, com apoio de mais militares, de aeronaves e das propriedades rurais. É a situação mais crítica atualmente da presença do fogo em Mato Grosso do Sul, devido às altas temperaturas e baixa umidade do ar, com a vegetação muito seca facilitando a propagação dos incêndios.
As ações de combate, prevenção e monitoramento dos focos de calor estão sendo desenvolvidas pela Operação Hefesto há 53 dias no Pantanal, com base em Corumbá, envolvendo 135 bombeiros, quatro viaturas e oito aeronaves. Uma Sala de Situação instalada no Centro de Proteção Ambiental – unidade do Corpo de Bombeiros dentro do Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande – realiza monitoramento diário por satélite dos focos de calor.
Com o aumento do fogo no Carandazal, atingindo uma extensa floresta desta espécie nativa do Pantanal, o comando da Operação Hefesto, sob a responsabilidade da tenente-coronel Tatiane Dias de Oliveira Inoue, montou uma base operacional na região para dar suporte às aeronaves Air Tractor, as quais auxiliam os combates por terra com lançamento de água. Outra base opera no aeroporto internacional de Corumbá para atender o Norte do Pantanal.
Somente no domingo (22) foram realizadas cinco operações de combate às chamas, algumas fora do bioma pantaneiro – em Bela Vista, Água Clara e na RPPN Cisalpina (de responsabilidade da CESP), situada em Brasilândia, região Leste do Estado. No Paraguai-Mirim, ao Norte de Corumbá, um grande incêndio foi controlado e uma equipe de bombeiros permanece na área fazendo trabalho de rescaldo e monitoramento. O Exército apoia o combate em Bela Vista.
Carandazal
"Hoje a situação mais crítica permanece na região do Caradanzal", informou a tenente-coronel Tatiane Dias. "Os focos estavam praticamente controlados e em monitoramento, após combates em mais de duas semanas, porém as mudanças climáticas são constantes, o vento mudou de direção e o fogo voltou a se propagar e a área destruída já é vem representativa. Reforçamos as equipes e contamos com o apoio aéreo", acrescentou.
Em Bela Vista, na fronteira com o Paraguai, os bombeiros combatem incêndios nas regiões do Lixão, Fazenda Rancherinha, Estrada Boiadeira, Aeroporto, Trevo da Cerâmica e Aldeia Pirakuá, com emprego de 20 militares. O Exército apoia a ação com 125 homens, veículos e equipamentos. A Defesa Civil Municipal, o Sindicato Rural e a empresa Calcário Oroytê cederam máquinas e caminhões-pipa.