“Nenhuma árvore será cortada”, garantiu o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Gerson Claro (PP). A Mesa Diretora da Casa de Leis contratou a empresa Monteiro & Nogueira Engenharia e Construção para apresentar um projeto de construção de estacionamento.
Por R$ 320.981,71 os engenheiros terão que apresentar em no máximo dois meses uma ideia que garanta a ampliação das vagas, sem que haja a supressão vegetal. “Queremos fazer no atual estacionamento para preservar. Por isso, a ideia é verticalizar ou usar o subsolo”, destacou Claro.
A proposta já havia sido ventilada pelo deputado estadual Pedro Pedrossian Neto (PSD), em meio a tentativa do governo do Estado de fazer um novo acordo com o MPMS (Ministério Público Estadual) para cortar a vegetação nativa e ampliar as vagas dos estacionamentos para os servidores dos órgãos estaduais do Parque dos Poderes.
Vale lembrar que o vô do deputado e ex-governador Pedro Pedrossian quem criou o complexo que abriga as sedes dos três poderes. O local abriga uma extensa biodiversidade no espaço remanescente do Cerrado e que coexiste há 40 anos em harmonia com os habitantes da Capital.
Entenda – Um acordo judicial que propõe levar adiante o desmatamento de áreas do Parque dos Poderes, em Campo Grande, para a construção de prédios como o novo Palácio da Justiça e de estacionamentos, está em discussão.
Chamado de "novo acordo" pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) no processo, ele altera proposta protocolada em agosto junto à 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, onde tramita desde 2019 ação de Tutela Cautelar Antecedente movida pelo próprio órgão de controle, na tentativa de evitar danos ambientais e sociais que poderão ser causados com a derrubada de vegetação.
O documento ainda traz detalhamento das áreas onde se comprometem a não autorizar a intervenção. Após, são relacionadas as que somam mais de 18 hectares e poderão ser usadas para ampliações e novas construções no Parque dos Poderes, ou seja, desmatadas. A proposta reforça que nenhuma delas é APP (Área de Preservação Permanente), conforme estudo técnico apresentado pelo MPMS.
Conteúdo - Campograndenews
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