Não há ninguém entre nós, nem mesmo entre os mais pobres e miseráveis, que não possa estender as mãos para o próximo. Todos podem e devem ser generosos e ajudar aqueles que mais necessitam, quer de um pedaço de pão, um agasalho ou de uma simples palavra amiga que consola e dá esperança de vida a quem enfrenta fortes ventos e tempestades com o coração e mente aflitos.
São tempos difíceis esses que a sociedade atravessa. Muitos não têm conseguido promover o devido sustento próprio e da família. É preciso que as pessoas sejam mais sensíveis e que exerçam a empatia para sentir a dor do próximo para se inspirarem e saberem como ajudar.
A maioria não percebe o quanto já juntou de bens materiais e na correria de juntar mais e mais, não se dá conta daqueles que ficaram para trás e que não conseguem sequer o mínimo necessário para sua sobrevivência. Não tem noção também do quanto desperdiça, especialmente de alimentos que em algum lugar bem próximo poderia salvar vidas e proporcionar segurança e alegria de crianças e adultos.
Deus, na Sua infinita bondade e sabedoria, deixou para a humanidade como Seu segundo grande mandamento: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. E não se trata de um simples sentimento, mas de preocupação de fato, seguido de ação, ou seja, de ajuda a todos aqueles que realmente precisam.
As Escrituras Sagradas estão cheias de exemplos de amor e de ajuda ao próximo, que Ele deixou para que as pessoas estudassem e entesourassem esses nobres sentimentos em suas mentes e corações. Para isso, é necessário que se esvaziem do egoísmo, da ganância e da indiferença, existentes no interior de cada um para dar lugar à generosidade, à caridade e à solidariedade que verdadeiramente dignificam e enaltecem a pessoa humana.
Uma das mais belas lições bíblicas a esse respeito vem da passagem do profeta Elias quando alertou o povo de que haveria um longo período de fome. Não choveria e as plantas não cresceriam.
Durante o período de fome, Elias bebeu água de um riacho e o Senhor enviou corvos para alimentá-lo. Mas então o riacho secou. Deus disse a Elias que procurasse uma mulher na cidade e que ela lhe daria alimento.
Elias encontrou a mulher pegando madeira para fazer uma fogueira. Ele então pediu a ela algo para comer. A mulher respondeu que tinha só um pouco de farinha e azeite para alimentar a si mesma e o filho uma vez apenas antes de morrerem de fome.
O profeta prometeu que, se ela o dividisse com ele, o alimento não acabaria. A viúva acreditou em Elias e dividiu seu alimento. Todos os dias havia comida suficiente para eles. Foi um grande milagre! Então, o filho da viúva ficou doente e morreu. Mas Elias o trouxe de volta à vida. A mulher foi abençoada por dar ouvidos e obedecer ao profeta de Deus.
É esse o propósito da vida: acreditar em Deus e juntar riquezas verdadeiras e eternas, que não se deterioram e não são tragadas pelas traças. Ajudar o próximo faz bem para quem recebe e é muito melhor para quem doa, quem exerce esse segundo grande mandamento do Senhor.
E é o próprio Senhor quem diz o por que: “Pois nunca deixará de haver pobre na terra; pelo que te ordeno, dizendo: Livremente abrirás a tua mão para o teu irmão, para o teu necessitado, e para o teu pobre na tua terra” (Dt. 15:11)
E em Isaias (58: 10,11) Ele confirma a recompensa a todos aqueles que amam e ajudam o próximo: “E se abrires a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio dia.
E o Senhor te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial de águas, cujas águas nunca faltam”.
Quanta beleza e bênçãos àqueles que praticam gratuitamente o amor, a solidariedade, a generosidade para com seu próximo.
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