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16/02/2022 às 17:00, Atualizado em 16/02/2022 às 16:23

Após estiagem, colheita da soja é afetada pela chuva em parte de MS

Na comparação com a safra 2020/2021, há retração de 19,48% na produtividade e de 13,84% na produção.

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Divulgação

Mato Grosso do Sul colheu aproximadamente 691.008,00 hectares de soja até o dia 11 passado, o que representa 18,3% da área cultivada com a oleaginosa na safra 2021/2022, de 3,776 milhões de hectares.

De acordo com o mais recente boletim Casa Rural elaborado pelo Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), embora os trabalhos estejam 16,4% mais avançado do que em igual período do ciclo anterior, a operação avançou 9,5% nos sete dias recentes porque “as chuvas estão dificultando a colheita na região norte e nordeste”.

Esse cenário ocorre justamente em uma safra castigada pela estiagem. Até dezembro de 2021, a estimativa de produtividade teve uma retração de 4,77%, passando de 56,38 para 53,69 sacas por hectare, reduzindo em 4,77% a expectativa de produção, de 12,773 para 12,164 milhões de toneladas.

“No entanto, os danos foram maiores até dia 18 de janeiro, as condições se agravaram, a produtividade passando de 53,69 para 50,60 sc/ha uma retração de 5,76% e a produção passando de 12,164 para 11,464 milhões de toneladas, uma retração de 5,75%”, detalha o boletim tornado público por Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Milho e de Soja).

Na comparação com a safra 2020/2021, quando foram colhidas, em média, 62,84 sacas de soja por hectare e produzidas 13,306 milhões de toneladas, há retração de 19,48% na produtividade e de 13,84% na produção.

Em relação ao mercado, o boletim Casa Rural revela que o preço médio da saca de 60 quilos de soja em Mato Grosso do Sul desvalorizou 4,15% desde o dia 7 de fevereiro, cotada na segunda-feira (14) a R$ 176,31.

“A oscilação dos contratos futuros em Chicago e a desvalorização da taxa de câmbio no período, favoreceram a queda nos preços da soja no mercado interno”, detalha a publicação.

No entanto, o preço médio de fevereiro, R$ 179,91, representa alta nominal de 16% no comparativo com igual período de 2021, quando estava cotado em R$ 155,10. “Esse valor não significa que o produtor esteja realizando negociações neste preço, tendo em vista que a comercialização é gradativa”, pontua o Siga-MS.

O boletim Casa Rural menciona ainda levantamento realizado pela Granos Corretora segundo o qual até 8 de fevereiro de 2022 o agronegócio sul-mato-grossense já havia comercializado 39,74% da safra 2021/22 de soja, 21% a menos do que o volume vendido em igual período do ciclo anterior.

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