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15/01/2018 às 08:00, Atualizado em 14/01/2018 às 20:18

Após demissão, Willian Waack quebra silêncio e se defende de acusações de racismo

Jornalista teria sido desligado do Jornal da Globo por cometer racismo.

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Foto: reprodução internet

O jornalista e ex-apresentador do Jornal da Globo, William Waack, quebrou o silêncio pela primeira vez e se pronunciou sobre o vídeo que provocou sua demissão da TV Globo no final do ano passado, acusado de racismo. Em um artigo publicado pela Folha de S. Paulo, o jornalista disse que tudo não passou de uma "piada idiota".

"Aquilo foi uma piada -idiota, como disse meu amigo Gil Moura-, sem a menor intenção racista, dita em tom de brincadeira, num momento particular", escreveu o jornalista. "Desculpem-me pela ofensa; não era minha intenção ofender qualquer pessoa, e aqui estendo sinceramente minha mão", acrescentou.

Na publicação, Waack ainda destacou que nunca apoiou o racismo. "Durante toda a minha vida, combati intolerância de qualquer tipo -racial, inclusive-, e minha vida profissional e pessoal é prova eloquente disso. (...) Não digo quais são meus amigos negros, pois não separo amigos segundo a cor da pele. Assim como não vou dizer quais são meus amigos judeus, ou católicos, ou muçulmanos. Igualmente não os distingo segundo a religião -ou pelo que dizem sobre política".

Waack também afirma que "as empresas da chamada 'mídia tradicional' são permanentemente desafiadas por grupos organizados no interior das redes sociais" e que estes "se mobilizam para contestar o papel até então inquestionável dos grupos de comunicação: guardiães dos fatos objetivos'".

Ele também destaca que há uma espécie de patrulha virtual que quer tirar do brasileiro o lado irreverente e brincalhão. "Aproveito para agradecer o imenso apoio que recebi de muitas pessoas que, mesmo bravas com a piada que fiz, entenderam que disso apenas se tratava, não de uma manifestação racista", escreveu. "Admito, sim, que piadas podem ser a manifestação irrefletida de um histórico de discriminação e exclusão. Mas constitui um erro grave tomar um gracejo circunstanciado, ainda que infeliz, como expressão de um pensamento", apontou. "Tenho 48 anos de profissão. Não haverá gritaria organizada e oportunismo covarde capazes de mudar essa história: não sou racista. Tenho como prova a minha obra, os meus frutos. Eles são a minha verdade e a verdade do que produzi até aqui", finalizou.

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