Publicado em 21/09/2024 às 15:00, Atualizado em 21/09/2024 às 10:43
O idoso estava internado no HR
José Carlos Soares de Oliveira, de 72 anos, que havia sido levado por engano ao necrotério do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, morreu na manhã desta sexta-feira, dia 20 de setembro. Há 16 dias, a equipe médica atestou óbito erroneamente e, segundo repassado aos familiares, ficou de 10 a 15 minutos sem qualquer suporte.
“O tempo que ele passou sedado pela medicação e sem suporte dos aparelhos pode ter prejudicado muito a saúde dele, mas, mesmo assim, ele lutou pela vida”, disse um familiar do idoso, que pediu para não ser identificado.
Segundo ele, com a morte do idoso, a família avalia a possibilidade de entrar com ação contra o Hospital Regional.
Inicialmente, o idoso foi levado no dia 1º de setembro à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida por complicações no quadro clínico: sofria de problemas no coração e não estava aceitando a dieta médica.
Segundo o site Campo Grande News, no dia seguinte, conseguiu transferência para o Hospital Regional, mas ficou em leito semi-intensivo no pronto-socorro.
No dia 4, cerca de 20 minutos depois da visita, os familiares receberam a informação de que ele havia morrido. Deu-se início aos trâmites do velório e sepultamento e avisaram a ex-esposa do idoso.
No entanto, duas horas depois do aviso, a médica que atendeu o idoso entrou novamente em contato com a família avisando que, na verdade, o paciente ainda estava vivo. Segundo o relato, a descoberta aconteceu quando o corpo já estava no necrotério.
“Eles constataram o óbito, retiraram os acessos, a medicação, extubaram, tiraram todo o suporte de vida dele, daí ele passou vários minutos para ser levado ao setor de patologia, que é o necrotério, colocaram ele no saco preto”, listou o familiar. “Quem constatou que ele estava respirando foi o pessoal do necrotério, e aí chamaram a médica”.
O tempo de permanência sem suporte é questionado pela família. A informação repassada a eles é que o idoso ficou sem apoio de 15 a 20 minutos, mas eles acreditam que isso tenha ocorrido em período superior a 30 minutos.
Depois da repercussão do caso, o idoso foi transferido para leito de UTI, no dia 6 de setembro. Hoje, a família recebeu comunicado, oficial e confirmado, que ele morreu.
A reportagem entrou em contato com assessoria do Hospital Regional e a informação é que a instituição não iria se pronunciar.