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09/07/2024 às 11:00, Atualizado em 09/07/2024 às 10:46

Ação da Agepen une acompanhamento médico e atenção nutricional a internos diabéticos

A empresa terceirizada responsável por fornecer alimentação no presídio tem um papel fundamental nesse processo

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Divulgação

Em unidades prisionais de Mato Grosso do Sul, políticas de saúde prisional são uma das prioridades da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), exigindo atenção constante e iniciativas inovadoras. Na Penitenciária da Gameleira 2, por exemplo, uma ação recente focada no cuidado com presos diabéticos tem mostrado resultados promissores ao unir acompanhamento médico e atenção nutricional.

Nesse contexto, foi ministrada no presídio uma palestra pela nutricionista Karine Taveira Gil de Amarante, que atua na Divisão de Saúde Prisional da Agepen. A apresentação faz parte das ações de tratamento penal desenvolvidas pela Diretoria de Assistência Penitenciária.

Segundo a profissional, o objetivo do encontro foi compartilhar conhecimentos e experiências essenciais para o melhor gerenciamento do diabetes, promovendo as habilidades necessárias para o autocuidado e a conscientização.

“É crucial que os internos tenham consciência sobre a importância do autocuidado. A dieta diferenciada é oferecida, mas as escolhas alimentares dependem deles, assim como em qualquer outro ambiente. Com isso, buscamos prevenir complicações agudas e crônicas do diabetes, melhorando a qualidade de vida dos pacientes”, destacou Karine, durante apresentação a reeducandos da Penitenciária da Gameleira 2.

A empresa terceirizada responsável por fornecer alimentação no presídio tem um papel fundamental nesse processo, oferecendo dietas diferenciadas conforme prescrição nutricional. “Esse cuidado personalizado é essencial para a gestão eficaz do diabetes, uma vez que a alimentação é um dos pilares do tratamento”, aponta a profissional.

Responsável por acompanhar o dia a dia de atendimentos na unidade prisional, a enfermeira Alessandra Batistoti, enfatizou a importância desse momento de informação e orientação. “Muitos optam pela automedicação, causando danos e lesões no organismo. Esse momento de informação é extremamente importante para orientação e sanar dúvidas sobre a doença”, alertou.

Atualmente, dez internos da Penitenciária da Gameleira 2 recebem acompanhamento específico devido ao diabetes. A iniciativa tem mostrado resultados positivos, com os internos demonstrando maior conscientização e adesão às práticas de autocuidado.

A combinação de acompanhamento médico, educação nutricional e suporte contínuo configura-se como uma abordagem eficaz para o enfrentamento do diabetes no ambiente penitenciário.

Para a nutricionista da Divisão de Saúde da Agepen, a ação também integra as políticas de reintegração social, pois serve como exemplo de como a gestão integrada da saúde pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos internos, preparando-os para um futuro mais saudável e consciente quando estiverem em liberdade.

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