São Paulo se defende de acusações de aliciamento e faz ameaça

Acusado de aliciamento de jogadores em meio a um protesto de dez clubes junto à Federação Paulista de Futebol que ameaçaram boicotar a Copa São Paulo de Futebol Júnior, o São Paulo procura se defender. Em entrevista ao jornalista Alexandre Praetzel, da Rádio Bandeirantes, João Paulo de Jesus Lopes, vice-presidente de futebol do Ticolor, afirmou que o clube nunca agiu fora da lei na contratação de atletas nas categorias de base.

“Acho que é uma situação esquisita. O São Paulo, em nenhum momento, transgrediu nenhum regulamento. Mesmo esse suposto acordo não foi assinado pelo São Paulo, mas por um funcionário que não tinha delegação para isso. Nossa postura sempre foi de respeitar os clubes”, afirmou o dirigente.

Os dez times que ameaçaram o boicote à Copa SP acusaram o São Paulo de faltar com a ética na contratação de jogadores nas categorias de base. Jesus Lopes se defende dizendo que o clube encanta os jogadores por conta da estrutura.

“As pessoas precisam avaliar o que é antiético: jogador ficar sem receber, dormir de baixo de escada, como acontecia com um do interior de São Paulo, passar fome, não ter nada na geladeira? Isso é antiético? Nós damos escola, alimentação, serviço dentário... formamos o cidadão. Se isso é antiético, tem algo errado. Antiético é não pagar, não recolher imposto...”

Os clubes pedem que o São Paulo não dispute a Copa SP, mas o Tricolor adota uma postura de ameaça. “Alguns que estão protestando, pegaram jogadores assim. É o caso do Mosquito. O São Paulo ia pega-lo, mas o Vasco reclamou, ele não veio e foi para o Atlético-PR. Resumindo: é uma grande bobagem. Não estamos muito preocupados com isso. E se não participarmos da Copa São Paulo, vamos mandar observadores em dobro.”