Sem salário, Felipão vira consultor do Ministério do Esporte

Enquanto o técnico Luís Felipe Scolari procura um novo clube para treinar, o treinador acertou nesta terça-feira uma parceria com o Ministério do Esporte para promover o futebol e a Copa-2014.

Scolari será consultor informal do programa Segundo Tempo, que atende crianças de baixa renda em atividades esportivas. Não haverá salário para o treinador e ele fará palestras conforme a disponibilidade de sua agenda.

"Será voltada para a valorização e promoção do futebol brasileiro e da Copa do Mundo, para que ele possa fazer palestras sobre sua experiência sobre o futebol", disse o ministro Aldo Rebelo.

Scolari disse que "provavelmente" não treinará nenhum clube em 2012, mas deixou aberta a possibilidade de um novo contrato em 2013, "em qualquer lugar do Brasil ou do mundo".

O treinador da seleção pentacampeã de 2002, contudo, não quis falar sobre uma possível ida à seleção brasileira. "Esse é um assunto que não falamos hoje, que eu não devo comentar e não quero comentar. Os responsáveis pela seleção brasileira é que têm que debater esse assunto com vocês", disse Scolari.

No mesmo tom, o ministro Aldo Rebelo, palmeirense, foi sucinto ao falar de Mano Menezes. "Respeito a autonomia da CBF e tenho um grande apreço pelo trabalho de Mano Menezes. Não vou passar além destas duas observações".

ELOGIOS

Luiz Felipe Scolari disse também que viu --e gostou-- do último jogo do Palmeiras, mas que não viu a "maioria" dos jogos da seleção. "A maioria dos jogos da seleção eu não tenho visto porque eu estava jogando, ou com o Palmeiras ou qualquer outra situação. Um ou outro jogo assisti e acho que o Mano está fazendo aquilo que se propôs: organizar a equipe e fazer as experiências que tem que fazer".

Segundo Scolari, foi melhor para o Palmeiras a contratação do treinador Gilson Kleina após sua demissão. "A chegada do Gilson Kleina foi muito boa. A minha primeira opinião sobre ele era espetacular. Acho que era o momento certo para que eu saísse do Palmeiras e alguém com a capacidade de crescimento profissional assumisse, como foi o caso do Gilson. Esse era o caminho certo para mim e para o Palmeiras", afirmou.