Um dos mais tradicionais clubes brasileiros vive dias complicados. O Guarani, campeão brasileiro em 1978, precisará fechar o clube social para manter a equipe de futebol em atividade no Campeonato Brasileiro da Série C. Sem dinheiro até para pagar a comida do refeitório, como relatou o jornal Lance!, a tradicional agremiação campineira pode fechar para os sócios.
Para a publicação, o presidente do Guarani, Horley Senna, anunciou que o clube mais do que centenário (104 anos) pode fechar as portas já nesta sexta-feira, caso nenhum interessado resolva investir no tradicional clube campineiro e, especialmente, se daqui a alguns meses a decisão do tribunal não favorecer e liberar R$ 105 milhões pela venda do terreno do Brinco de Ouro da Princesa
"Estamos aguardando uma decisão da Justiça do Trabalho. Queremos fechar as portas já nesta sexta-feira. A luz está para ser cortada, não temos dinheiro nem para comprar comida para o refeitório. Não temos mais por onde buscar recursos", declarou o dirigente ao jornal.
Consultado pela reportagem do ESPN.com.br, Horley Senna negou qualquer influência da crise no futebol. Mesmo longe de viver os dias áureos das décadas de 1970, 1980 e 1990, o Guarani seguirá em atividade pelo menos até o final da disputa da Série C do Campeonato Brasileiro - até o momento foram três empates e uma derrota.
"Precisamos pagar as contas mensais e estamos sem recurso. Se não entrar dinheiro até sexta-feira, ficará difícil seguir com o clube. O futebol continua e está em ordem, as pendências são administrativas. O futebol joga a Série C, o social que fecha se não entrar dinheiro", declarou.
Desta forma, o torcedor do Guarani pode se manter esperançoso e prestigiar a equipe no próximo sábado, às 11h (de Brasília), quando o clube pegará o Tombense, fora de casa. A esperança do presidente é de um patrocínio que possa manter o clube pelos próximos meses, até a decisão do tribunal sair e, se favorável, liberar mais de R$ 100 milhões.
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