Publicado em 22/05/2013 às 09:27, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
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O deputado federal Romário fez uma grave acusação à Federação Paulista de Futebol e à CBF em sua página do Facebook e em seu perfil no Twitter, na noite desta terça-feira.Segundo o ex-jogador, a entidade paulista teria feito os exames antidoping do último Campeonato Paulista no laboratório da Universidade de São Paulo (USP), que não é credenciado pela Agência Mundial Antidoping (Wada), e a CBF teria aceitado e validado as análises."Obtive a informação de que a CBF está validando exames de controle antidoping em laboratório que não é credenciado pela Agência Mundial Antidoping, a conhecida WADA, em inglês. De forma inerte, a CBF está aceitando que a Federação Paulista de Futebol realize os exames dos jogadores que disputam o Campeonato Paulista no Laboratório da Universidade de São Paulo. Esse desrespeito nos leva a suspeitar dos resultados apurados naquele laboratório, que podem contribuir para esconder resultados positivos que, assim, não seriam do conhecimento da FIFA e da própria WADA e, se descobertos, poderiam ser desconsiderados, justamente por não serem de um laboratório credenciado", declarou Romário.
O único laboratório na América do Sul credenciado é o Ladetc, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), responsável pelos exames nos Jogos Panamericanos de 2007.
Além disso, Romário questionou a falta de notícias envolvendo jogadores flagrados no exame antidoping em São Paulo. "Não seria por esse motivo que não temos observado notícias sobre casos de doping registrados no Campeonato Paulista? Não é estranho? Eu acho, muito estranho e perigoso", completou.
Para exemplificar os danos que um exame antidoping "clandestino" causaria a um atleta, e consequentemente ao clube que ele defende, o deputado lembrou o caso do volante Rodrigo Souto, em 2008.
Na ocasião, o Santos foi notificado pela Conmebol de que o exame do jogador, após a partida com o San José, em Oruro (BOL), pela Copa Libertadores, apontou traços de cocaína. Rodrigo foi absolvido seis meses depois com uma defesa baseada no argumento de que o procedimento foi feito fora dos padrões exigidos pelas entidades internacionais.Entretanto, o atleta inicialmente havia sido suspenso por dois anos e não atuou durante o primeiro turno do Campeonato Brasileiro de 2008, mas a Fifa liberou Rodrigo para jogar em torneios nacionais.