Buscar

07/05/2013 às 10:11, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24

Racismo no futebol poderá gerar até rebaixamento, diz Fifa

Nova Notícias - Todo mundo lê

  A Fifa anunciou nesta segunda-feira (6) a criação de um pacote de medidas para tentar combater casos de racismo no futebol. O plano da entidade que dirige a modalidade é estabelecer regras universais, que se apliquem em todos os níveis. A implantação dessa espécie de "código de conduta" será votada no próximo Congresso da Fifa, no fim do mês, em Maurício, na África.

O plano tem três pontos principais. O primeiro é ter um funcionário da Fifa em cada estádio para identificar atos racistas nas torcidas e, assim, "aliviar a pressão sobre os árbitros e auxiliares".

O segundo ponto é ter uma lista de punições a serem aplicadas. Para o que a entidade considera "delitos menores" ou "primários", as penas seriam basicamente financeiras -multas, advertências, jogos com portões fechados para a torcida. Os casos considerados graves ou as reincidências seriam punidos com perda de pontos, desclassificação de torneios e até rebaixamento.

O terceiro ponto do plano da Fifa é justamente responsabilizar os clubes e as federações pelo comportamento de jogadores, funcionários e até dos torcedores.

Pressão

Há quatro anos, a Uefa divulgou suas orientações para os árbitros caso percebam atos de racismo em campo. Eles deveriam, primeiro, parar o jogo e pedir para o sistema de som do estádio advertir os torcedores, depois, suspender a partida por algum tempo e, finalmente, dar o jogo por encerrado.

Hoje, o árbitro Howard Webb, que apitou a final da última Copa do Mundo, afirmou que "os árbitros precisam de ajuda" porque "estão prestando mais atenção no que se passa em campo".

Daí a proposta da Fifa de ter pelo menos um observador nas arquibancadas, para ajudá-los nesse trabalho. Foram muitos os casos de racismo no futebol nos últimos anos.

Os ingleses Ashley Cole e Ashley Young sofreram ofensas desse tipo durante a Eurocopa de 2012, disputada na Polônia e na Ucrânia. Astros como o italiano Balotelli e o camaronês Samuel Etoo também já foram vítimas de insultos racistas.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.