Publicado em 18/09/2012 às 06:46, Atualizado em 27/07/2016 às 11:23

Palmeiras tenta abafar escândalo

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Redação, Terra

A má fase do Palmeiras neste segundo semestre não tem limites. Dentro de campo, o time amarga situação terrível em relação ao risco do rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Nos bastidores, depara-se com uma denúncia levada por Paulo Serdan, presidente de honra da torcida organizada Mancha Alviverde, sobre gastos irregulares nas gestões anteriores do presidente Arnaldo Tirone com comissões em transações - para empresas e empresários - e até na renovação de contrato do goleiro Deola. Diretor jurídico do Palmeiras, Piraci Oliveira reconhece a gravidade dos fatos apontados no dossiê feito pela Torga Consultoria. "A denúncia foi levada por um torcedor e é hora de colocar em discussão. É um escândalo", afirmou o dirigente, em entrevista por telefone.

A diretoria do Palmeiras e o próprio Conselho de Orientação de Fiscalização (COF) tinham conhecimento da auditoria desde o primeiro semestre deste ano. Como estava na fase decisiva da Copa do Brasil, título que obteve na final diante do Coritiba, a equipe de Palestra Itália evitou se aprofundar no escândalo e arquivou o caso.

Junto com o dossiê apresentado por Paulo Serdan, o Palmeiras reconhece outro escândalo administrativo. "Tem um inquérito na 23ª DP que é relativo a uma série de denúncias e irregularidades administrativas. Este é um assunto em andamento em que o principal ponto diz respeito à Valtec. É uma empresa que vende eletrodomésticos e foi contratada para fazer consultoria de seguros no Palmeiras com valor fixado em R$ 390 mil. Isso é um escândalo e precisa ser apurado", emendou Piraci.

Responsável pelo departamento financeiro do Palmeiras, Walter Munhoz confirmou nesta segunda-feira, durante participação em uma série de palestras na capital paulista, que também tinha conhecimento do dossiê, mas apresentou uma postura cautelosa. Questionado sobre a realização de alguns dos pagamentos colocados em dúvida, ele desconversou.

"Todos os compromissos assumidos foram e estão sendo pagos", disse. "O Palmeiras não é caloteiro, sempre cumpriu com os seus compromissos, não só desta gestão como de gestões anteriores", completou.

A ligação do Palmeiras com nove jogadores do São Caetano também são colocadas em dúvida, sobretudo com a participação do ex-centroavante Magrão nos negócios, e traz novo desconforto. "Eu cuido da parte financeira", despistou Walter Munhoz, que também ocupa a posição de quarto vice-presidente da diretoria.