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28/05/2024 às 08:39, Atualizado em 27/05/2024 às 19:45

“Obediente” às ordens judiciais, Cezário diz ser inocente e pede afastamento

Licença de 90 dias tem objetivo de “preservar a FFMS”, diz dirigente em nota de esclarecimento

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Foto - Arquivo

Quase uma semana depois de ir para a cadeira, o presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, Francisco Cezário de Oliveira, de 77 anos, quebrou o silêncio. “Lenda” do futebol sul-grossense, pela perenidade no comando da entidade, o dirigente diz ser inocente das acusações de desvios milionários da verba para fomentar o esporte e pediu afastamento das funções, por 90 dias.

Em nota, assinada por ele às 11h45 desta segunda-feira (27) e enviada à reportagem do campograndenews, por seu advogado, André Borges, Cezário diz que permanecerá “obediente ao ordenamento legal e às determinações judiciais, enquanto aguarda providências estatutárias para seu formal licenciamento das funções de presidente da FFMS, que honradamente foram confiadas pela família e companheiros do futebol estadual”.

O objetivo do afastamento, segundo Cezário, é “preservar a FFMS, seus filiados e campeonatos”.

O investigado na Operação Cartão Vermelho, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) abre a nota de esclarecimento falando da “repercussão e boatos” sobre o fato de ter sido alvo da força-tarefa. “A verdade dos fatos será demonstrada no curso das investigações e processos”.

Diz ainda que provará “a total legalidade dos atos praticados” por ele como presidente da FFMS.

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Reprodução

E o tribunal? - Presidente do TJD-MS, Patrick Hernands Santana Ribeiro afirma que não recebeu o pedido de licença formalmente ainda. Por isso, por enquanto, não há efeito prático, embora o afastamento não precisa da chancela do tribunal. "O problema será sobre a nomeação do substituto", adiantou.

Patrick prevê imbróglio na escolha do novo comando, já que o artigo 32, inciso XV, do Estatuto da FFMS estabelece que o próprio presidente nomeie o substituto.

O Estatuto da FFMS fala que o presidente escolherá entre seus vices o seu substituto por motivo de viagem ou de força maior. Mas certamente irão questionar a validade do ato dele, na situação que ele se encontra", diz Patrick Hernands.

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