Publicado em 05/06/2022 às 07:30, Atualizado em 04/06/2022 às 19:26
Questionado se pretende dizer adeus ao comando da entidade em 2027, ele evita futurologia
No dia em que comemorou aniversário de 76 anos, Francisco Cezário de Oliveira foi eleito para presidir a FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) até 2027. Ele é o atual presidente e conhece bem o cargo, que ocupa há quase duas décadas. O comando da entidade não teve disputa, com registro somente da chapa liderada por Cezário.
Nesta semana, foram várias tentativas na comissão eleitoral e na Justiça para suspender a eleição. Porém, o processo foi concretizado sem intercorrências na manhã deste sábado (dia 4), no Hotel Internacional, em Campo Grande. A nova gestão começa em abril de 2023.
Questionado se está no comando da FFMS há 26 anos consecutivos, o mandatário afirma que se afastou por oito anos. Na ocasião, foi prefeito de Rio Negro. Quando indagado se pretende se despedir do comando da entidade em 2027, evita futurologia.
“Não sou nenhum tipo de profeta. Estou com 76 anos e vou pedir a Deus que possa estar com saúde para assumir em 2023, mas você pode certeza que dentro do corpo de vice-presidentes, todos eles são pessoas preparadíssimas para se houver necessidade de conduzir o futebol de Mato Grosso do Sul. Se Cezário não estiver vivo ou outras situações”, afirma.
Sobre o passado, classifica as gestões com excelente. Para o próximo mandato, a expectativa é repetir a receita adotada até aqui. “Podem esperar o que sempre teve. Dedicação, carinho e respeito por aqueles que fazem o futebol”.
Cezário defendeu que o estádio Morenão volte a ser utilizado e diz que a projeção do futebol de MS depende diretamente do sucesso de equipes tradicionais: Operário e Comercial. "Eles são referências".
No próximo mês, a expectativa é que a FFMS receba de R$ 8 milhões a R$ 10 milhões do Fundo Legado da Copa do Mundo de 2014.
Polêmica - Ao tentar suspender a eleição, o advogado Paulo Telles aponta que Cezário partiria para uma terceira gestão consecutiva, o que é proibido pela Lei Pelé. Segundo o advogado, a legislação instituiu um limite à reeleição de dirigentes esportivos. Já a comissão eleitoral entendeu que o segundo mandato se configura no quadriênio 2023 a 2027.
Segundo Cezário, a FFMS não trabalha com verbas federais e recebe recursos do governo do Estado. “A federação é uma entidade que para os governos de MS sempre tem tido prestação de alto nível e de alta aprovação. Nunca tivemos nenhum questionamento por falha técnica, jurídica ou contábil. Estamos muito tranquilos”.
A federação ainda recebe recursos da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e convênios. A chapa foi eleita por 17 agremiações, sendo 14 clubes e três ligas.
Com informações do Campograndenews