Publicado em 24/03/2022 às 17:00, Atualizado em 24/03/2022 às 15:25
Clube foi o único que não enviou representante a encontro da semana passada
O Palmeiras foi o único clube entre as Séries A e B do Campeonato Brasileiro a não enviar representantes na reunião da semana passada que discutiu a possibilidade da criação de uma liga no país. A presidente Leila Pereira justificou a decisão:
– Estamos muito perto (de ter uma liga). Inclusive já participei de várias reuniões, a última que houve recentemente em uma empresa eu não participei e não mandei representantes do Palmeiras por quê? Muitos falaram que acharam estranho o Palmeiras não participar. Eu não participei porque não aguento mais fazer reuniões, temos de partir para a ação, assinar um documento – declarou, ao ge.
O encontro aconteceu com os dirigentes dos clubes, o presidente da LaLiga (Liga Espanhola de Futebol), Javier Tebas, e representantes das empresas XP Investimentos e Alvarez & Marsal.
O dirigente espanhol mostrou aos clubes uma proposta de organização e administração da liga que poderá ser criada no Brasil. Havia a expectativa da apresentação de um investidor para comprar 25% da liga nacional, mas isso não aconteceu.
– Como eu posso vender um produto se ele não existe? Estas empresas marcam as reuniões em busca de investidores, mas eles vão investir em que, se não tem o produto? Eu sou a maior entusiasta na formação desta liga, eu acho que é a salvação do futebol brasileiro, todos os clubes, em maior ou menor grau, precisam de investimento – continuou Leila.
A LaLiga não é a única interessada na criação da liga no Brasil, e há outras empresas que também sinalizaram a intenção de participar do projeto. A CBF, também, já demonstrou estar mais aberta em relação ao tema.
– O Palmeiras tem dificuldade de caixa, o torcedor precisa saber. Eu não vou fazer loucura. Se o Palmeiras não tem condição financeira não vou fazer um investimento acima das nossas possibilidades, e a liga vem colaborar com isso. Mais investimento no futebol, eu sou a maior entusiasta da liga e estamos próximos de formalizar o documento, o estatuto de início. Para que a gente possa ir para o mercado e vender o produto.
Pelos contatos que teve com o mandatário eleito, a dirigente do Palmeiras acredita que este será um momento de reconstrução do futebol brasileiro.
– Estive com ele no Mundial, estive com ele em Montevidéu. Olha, estou muito feliz e muito animada, sabe? O presidente Ednaldo me parece muito bem intencionado e precisamos disso no futebol brasileiro. É o momento de reconstrução do futebol brasileiro – encerrou.
Com informações do GE