Leila Pereira confirmou que será patrocinadora do Palmeiras apenas até o fim do ano. Candidata a reeleição para mais três anos como presidente, a empresária admite que o mercado inflacionou e que chegou o momento de buscar novos parceiros comerciais para o clube.
Crefisa e FAM, empresas de Leila, são as marcas que patrocinam o clube desde 2015. A relação é um dos pontos que opositores mais criticam a empresária por conflito de interesses, já que a dirigente é a dona das empresas e comanda o time, também.
– Todo mundo me fala desse bendito conflito de interesses (risos). Não sei onde existe conflito, quando só se põe dinheiro. Nunca fiz negócio com o Palmeiras. Pelo contrário, até beneficio o clube. A Crefisa e a FAM são patrocinadoras de todo o futebol.
– Para que houvesse mais investimento no feminino, autorizei a entrada de outra marca, sem reduzir o que eu pagava. Se é outro patrocinador, eu jamais conseguiria isso. Mas, em dezembro, o ciclo das minhas empresas como patrocinadora se encerra – disse em entrevista ao jornal O Globo.
O atual contrato rende R$ 81 milhões fixos por temporada ao Verdão, podendo chegar a R$ 120 milhões a depender dos bônus por conquistas. Este valor foi estipulado em 2019 e mantido na renovação em 2021, ainda sob a gestão de Maurício Galiotte.
– Quando comecei a patrocinar o Palmeiras, em 2015, éramos o maior patrocínio da América do Sul. Mas as bets mudaram o panorama dos valores, que são muito altos hoje. Não podemos fugir disso. Estamos em busca de empresas com credibilidade e poder financeiro para honrar seus compromissos. Porque não quero assinar um contrato hoje e, daqui a quatro meses, a empresa ir embora porque não pode pagar.
A expectativa é de que o contrato de patrocínio seja definido antes da eleição, marcada para o fim do ano. Além de Leila Pereira, Savério Orlandi foi anunciado como candidato da oposição.
Leila descartou as contratações de Gabriel Jesus, atualmente no Arsenal, e de Gabigol, em fim de contrato com o Flamengo. A dupla vinha sendo especulada para reforçar o Verdão na disputa do Mundial de Clubes do próximo ano. No entanto, a presidente admitiu que ambos não devem ser contratados.
– Gabriel Jesus não vem. Nós entramos em contato com o Arsenal, e eles falaram: “Leila, não tem condição nenhuma. Não vamos negociar o atleta”. Encerrou o assunto. A nossa base são esses atletas que já estão conosco e são extremamente vencedores. Há algumas posições que Abel gostaria de reforçar, mas já vou te adiantar: esquece estrela. A grande estrela do Palmeiras é o elenco. Eu não acredito em ídolos. O que ganha campeonato é o conjunto. Sei que o torcedor não gosta disso, mas é a pura verdade. Você pode até gostar muito de um atleta porque ele se destacou em um campeonato, mas quem ganha é a equipe.
– Vou falar bem claramente: Gabigol também não vem. É um grande jogador, mas não vem para o Palmeiras. Só para não criar especulações – completou Leila.
Caso seja reeleita, Leila Pereira definiu o seu primeiro grande objetivo: estender o contrato de Abel Ferreira, atualmente válido até o fim do próximo ano. As conversas para uma renovação ainda não foram iniciadas.
– Ainda não. Abel tem contrato até dezembro de 2025. Se for reeleita, meu desejo é que fique até o fim de 2027. Mas não conversamos sobre isso, nem é o momento. Estamos focados em conquistar o título brasileiro. Se reeleita, conversamos. Se for possível, ótimo. Se não for, fazer o quê? Mas vou lutar. E, quando luto, eu consigo – finalizou a presidente do Palmeiras.
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