Publicado em 21/07/2023 às 11:31, Atualizado em 20/07/2023 às 23:56

Justiça torna réu, mas concede liberdade provisória a preparador físico acusado de racismo

Profissional do Universitário, do Peru, responderá a dois crimes após imitar macacos a torcedores do Corinthians em jogo da Copa Sul-Americana

Redação,
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Câmeras mostram suposto gesto racista de preparador do Universitário contra o Corinthians. Foto - Reprodução Internet

A Justiça de São Paulo recebeu denúncia do Ministério Público e tornou réu o preparador físico Sebastián Avellino Vargas, do Universitário, do Peru. A decisão, desta quinta-feira, concedeu liberdade provisória ao profissional uruguaio.

Ele é acusado de imitar macacos a torcedores do Corinthians em partida disputada na Neo Química Arena, há uma semana, pela Copa Sul-Americana.

Vargas responde a dois crimes: o de praticar ou incitar a discriminação ou preconceito de cor, raça ou etnia, com o agravante de ter sido num evento esportivo, que prevê pena de até cinco anos de prisão; e o de promover tumulto ou incitar a violência, com pena de até dois anos de prisão, esse último previsto na nova Lei Geral do Esporte.

Na denúncia, o promotor Pedro Henrique Pavanelli Lima, do Gecradi (Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância), cita imagens feitas das arquibancadas e pelas câmeras de monitoramento da Neo Química Arena para afirmar que Vargas “simulou gestos de macacos com os braços direcionando-os aos torcedores brasileiros”.

O promotor requisitou que ele fosse mantido preso e apontou a falta de vínculos do preparador físico, uruguaio que atua no Peru, com o Brasil para argumentar pela manutenção da prisão preventiva.

O juiz, porém, concedeu a liberdade com a condição de que ele se apresente em juízo em até cinco dias para fornecer endereço, telefone e e-mail onde possa ser encontrado.

Com informações do GE