João Martins leva suspensão de três jogos por fala sobre sistema após jogo do Palmeiras

João Martins, auxiliar de Abel Ferreira, foi punido com três jogos de suspensão na tarde desta segunda-feira pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A decisão foi vista com inconformismo e preocupação por parte do Palmeiras, que irá recorrer.

O membro da comissão técnica alviverde foi julgado pela 1ª Comissão Disciplinar por suas falas no mês passado, quando disse após o empate com o Athletico, que "é ruim para o sistema" o Palmeiras vencer duas vezes seguidas o Brasileirão.

A entrevista rendeu uma resposta dura da CBF, que o acusou de xenofobia e levou o caso ao STJD. João foi denunciado no artigo 243-F do Código Brasileiro de Justiça Desportiva: "ofender alguém em sua honra, por fato relacionado diretamente ao desporto".

O auxiliar do Verdão participou da sessão do STJD por vídeo e se defendeu de que não estava questionando a lisura do Brasileirão. Ainda assim, e por não ser réu primário, a comissão decidiu pela punição de três jogos.

No sábado, João Martins foi expulso por reclamar com o árbitro da derrota do Palmeiras para o Fluminense. Na saída do gramado, ele disse: "hoje está condicionado". O clube entendeu que faltou critério ao árbitro Ramon Abatti Abel.

Membro da comissão técnica de Abel Ferreira, João é quem substitui o treinador em casos de suspensão ou até Covid-19, como aconteceu no início do trabalho da equipe no Brasil.

Ele faz parte da equipe de quatro assistentes que vieram com o técnico do Paok, da Grécia. Completam o time: Vitor Castanheira, Carlos Martinho e Tiago Costa.

João Martins começou a trabalhar com Abel Ferreira como preparador físico ainda em Portugal e por isso é o responsável dentro da comissão técnica por fazer a ligação entre a equipe de campo e o Núcleo de Saúde e Performance do Verdão.

Com estilo enérgico, assim como Abel Ferreira, João é o auxiliar mais identificado com a torcida alviverde. Em abril, por exemplo, ele fez um protesto contra a arbitragem colocando um esparadrapo verde na boca, como se fosse um sinal de censura.