Publicado em 18/03/2013 às 12:09, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
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Em busca de equilíbrio financeiro, o Flamengo tomou mais uma decisão importante ao demitir Dorival Junior. No total, a comissão técnica comandada pelo profissional passaria a consumir cerca de R$ 1,2 milhão por mês dos cofres rubro-negros a partir de maio. A contratação de Jorginho confirmada na noite deste domingo dá fôlego ao clube da Gávea. Com o ex-auxiliar de Dunga na seleção brasileira, o Flamengo economizará cerca de R$ 1 milhão mensais em sua folha no departamento de futebol.
Jorginho chega com contrato assinado até o final da temporada 2014. Ele irá ganhar salário na casa dos R$ 200 mil, bem menos que o antecessor. A contratação de Jorginho e a saída de Dorival repetem estratégia usada pelo clube em outras oportunidades. O argumento usado é enxugar a folha para honrar os compromissos firmados.
Sozinho, Dorival Junior recebia R$ 680 mil e encabeçava uma equipe que também era vista como muito cara pela diretoria que assumiu o Flamengo no início deste ano. O técnico foi demitido - junto ao preparador Celso de Rezende e aos auxiliares Ivan Izzo e Lucas Silvestre, seu filho, por não aceitar redução salarial de 50%.
Paulo Pelaipe, diretor de futebol do Flamengo, destacou que a questão salarial foi importante para uma resolução rápida na negociação com Jorginho. Tudo foi feito dentro dos padrões que o Flamengo se propõe atualmente, comentou o dirigente ao UOL Esporte.
Jorginho chega ao Flamengo com a companhia de Aílton Ferraz, que também já teve passagem pelo Rubro-Negro. Os valores pedidos pela dupla se enquadraram no planejamento da diretoria comandada pelo presidente Eduardo Bandeira de Mello, pelo vice-presidente de futebol Wallim Vasconcellos e pelo diretor Paulo Pelaipe.
Com o mesmo argumento - ajustes financeiros -, o Flamengo se desfez de outros nomes importantes nesta temporada. Atletas ligados à gestão de Patricia Amorim foram deixados de lado. Vagner Love, amigo particular da ex-presidente, deixou o Flamengo por causa de seu alto salário e de dívidas com o CSKA, da Rússia. Em janeiro, o clube alegou que não teria como pagar as dívidas referentes à compra do jogador e o liberou para o futebol europeu. Liedson também ficou fora dos planos por causa de seu alto salário, também fechado pela equipe de Patricia.
Sem os medalhões, Jorginho começa a trabalhar nesta segunda-feira, quando terá seu primeiro contato com o elenco rubro-negro. A apresentação do novo treinador acontece no final desta manhã, na Gávea