Falcão descarta voltar para TV e diz que continua como técnico

Falcão vai seguir como treinador e busca um clube para comandar na temporada 2013, e não volta tão cedo a ser comentarista na TV. O ex-titular do Internacional e Roma, entre outros times, trabalhou neste ano como técnico no Bahia, no Campeonato Brasileiro, de onde saiu em julho.

"Meu desejo é continuar como treinador, meu desejo para os próximos anos é seguir nisso, não volto a ser comentarista", garantiu, em rápida entrevista coletiva nesta quinta-feira no Museu do Futebol, no Pacaembu, em São Paulo, onde lançou livro sobre a Copa-1982.

A relação com o Inter-RS e a escolha de Dunga como técnico da equipe foi respondida rapidamente, com a intenção de não criticar. "O Internacional pensou muito o que fazer. Desejo muita sorte ao Dunga, mais que isso não consigo opinar", afirmou Falcão, que também opinou sobre a demissão de Mano Menezes.

"Gosto muito do trabalho do Mano, eu não teria trocado, mas quem assumiu tem extrema competência, o Felipão. Acho que tem vários jogadores, vai depender do momento", opinou.

Depois de mais de uma década na Rede Globo, o Rei de Roma (apelido dos tempos de jogador de futebol) voltou a ficar na beira dos campos no Inter, em 2011. Antes, tinha trabalhado na função na seleção brasileira (1990-91), América-MEX e seleção japonesa, além do time gaúcho, em 1993.

Recentemente, ele fez um estágio na Fiorentina e chegou a ser cogitado como candidato ao comando de times como Palmeiras e Cruzeiro, mas as duas negociações não teriam evoluído por causa de pedido salarial. No momento, ele não tem negociação aberta com nenhum time brasileiro.

Como comandante, ele considera que o futebol brasileiro e até mundial tem potencial para chegar ao estilo considerado ofensivo da equipe que perdeu no Sarriá. "O Guardiola disse que viu essa seleção e tem a coincidência de que perdemos lá. O Barcelona e a seleção da Espanha estão recuperando um pouco isso. Me entusiasmei vendo o Santos de 2010, com Ganso, Neymar, jogava solto", disse.

LIVRO

Falcão lançou nesta quinta-feira seu livro "Brasil 82: o time que perdeu a Copa e conquistou o mundo", pela AGE Editora. O livro, de 120 páginas, tem preço sugerido de R$ 29 e trás a visão dele e de alguns dos jogadores sobre os motivos da derrota da seleção brasileira naquele Mundial. O prefácio é do carrasco italiano daquele time, o ex-profissional Paolo Rossi.

"A gente tenta, aquilo que em trinta anos, talvez ninguém tenha conseguido responder: por que aquele time perdeu. Em 2002, em Kuala Lumpur, uma senhora viu meu passaporte e só me perguntou por que perdemos?. Foi aí que decidi fazer o livro", contou Falcão. O ex-goleiro Waldir Peres e o ex-zagueiro Oscar, companheiros daquele time, prestigiaram o lançamento.