Publicado em 15/07/2012 às 17:11, Atualizado em 27/07/2016 às 11:23
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Com gols dos ex-cruzeirenses Marcelo Moreno e Kleber, ainda na etapa inicial, o Grêmio venceu o Cruzeiro, por 3 a 1, na tarde deste domingo, no Independência, após duas derrotas seguidas, impondo ao oponente o seu terceiro tropeço consecutivo, o segundo em sua casa. Dessa forma, as equipe gaúcha, que iniciou a partida uma colocação atrás do adversário, o superou, chegando a 15 pontos, um a mais que o clube celeste.
O Cruzeiro foi presa fácil para o Grêmio, que construiu sua quinta vitória, ainda no primeiro tempo, quando abriu vantagem de 2 a 0. Apesar de atuar com um jogador a mais todo o segundo tempo, por causa da expulsão de Werley, o Cruzeiro não teve forças para se reabilitar na competição. Os estreantes da tarde, Borges pelo time da casa e Elano, pelos visitantes, deixaram o gramado por volta dos 25 min. O atacante não esteve bem, enquanto meia teve boa participação no triunfo gremista.
Celso Roth e Vanderlei Luxemburgo esconderam suas escalações e mudaram o que haviam deixado a imprensa ver durante a semana. Pelo lado do Cruzeiro, Borges, que havia treinado na reserva de Anselmo Ramon, fez sua estreia, sendo escalado desde o início. Já na equipe gaúcha, depois de montar o time com apenas um atacante, o comandante voltou a equipe para tradicional 4-4-2, com Kleber e Marcelo Moreno na frente, além dos armadores Elano, estreante, e Zé Roberto.
Kleber teve que enfrentar os torcedores celestes, que o vaiaram e provocaram o tempo todo. Apesar disso, o Gladiador garantiu que seu gol não foi uma resposta aos cruzeirenses. Tenho que dar resposta ao nosso torcedor, que está chateado pelas duas derrotas que a gente teve no campeonato, salientou o atacante, que não voltou para o segundo tempo.
O primeiro tempo começou muito brigado, ao melhor estilo gaúcho, já que o Cruzeiro, a exemplo do Grêmio, privilegiou a marcação. Os homens de criação e os atacantes dos dois lados não tinham sossego, no início da partida. Com menos de um minuto, Wellington Paulista arriscou chute, mas errou o alvo por muito. A primeira chance de gol saiu aos 17 min, quando Leandro Guerreiro cruzou e Borges, de cabeça, obrigou Marcelo Grohe a fazer difícil defesa.
O Grêmio também atacava, mas não conseguia criar situações para finalizar contra o gol defendido por Fábio. Como todo clássico, especialmente quando os participantes precisam vencer, em função de resultados negativos recentes, a partida foi nervosa, em muitos momentos. Aos 21 min, por exemplo, o árbitro Marcelo Aparecido de Souza deu forte bronca em Luxemburgo, que gesticulava e reclamava sem parar. Insatisfeito, ele foi obrigado a colocar um colete verde sobre sua camisa azul.
Cinco minutos depois do atrito entre treinador e árbitro, o Grêmio abriu o marcador, aos 26, quando o Cruzeiro era melhor em campo. Kleber serviu a Elano na direita, que cruzou e Marcelo Moreno, de cabeça, colocou a bola nas redes, calando o estádio Independência. Dos minutos depois, o Grêmio fez o segundo gol. Tony evitou a saída da bola, que sobrou para Kleber aumentar a vantagem.
Perdendo por 2 a 0, o Cruzeiro demonstrava nervosismo, mas, de forma valente, buscava a reação. O lateral esquerdo improvisado Everton, que não acreditou na bola no segundo gol gremista, e permitiu a Tony ficar com a bola, passou a ser vaiado por torcedores e chegou a fazer gestos em direção às cadeiras. A resposta eu tenho que dar é dentro de campo, o torcedor vem sempre pegando no meu pé e não é agora que vou me abalar, tenho de ter personalidade, afirmou Everton, no intervalo.
A torcida cruzeirense voltou a se animar aos 43 min, quando Werley foi expulso. O zagueiro, revelado pelo Atlético-MG, rival do Cruzeiro, que já tinha amarelo, aos 20 min, parou Montillo com falta, impedindo contra-ataque e levou o vermelho. O time da casa tentou um gol nos minutos finais da etapa inicial, mas a vantagem foi mesmo gremista.
Os dois times voltaram modificados. No Cruzeiro, Everton deixou o campo, para a entrada de Souza, com Marcelo Oliveira passando a ocupar a lateral esquerda. Já no Grêmio, Luxemburgo recompôs a defesa, com a entrada de Vilson na vaga de Kleber, deixando o time apenas com Marcelo Moreno no ataque.
E a pressão cruzeirense foi grande, desde o início da etapa final. Aos 7 min, Celso Roth fez outra alteração para tornar a equipe ainda mais ofensiva, retirando Diego Renan e colocando Fabinho, o terceiro atacante. O Grêmio, por sua vez, se fechou inteiramente, procurando encaixar contra-ataques, alguns deles perigosos. Aos 20 min, o tricolor gaúcho fez o terceiro, por meio de Marcelo Moreno, completando bela jogada do volante Souza.
O Cruzeiro demonstrou abatimento, apesar de continuar tentando chegar ao gol do Grêmio, que, comandado por Zé Roberto, administrava a vantagem sem levar sustos. O torcedor celeste perdeu a paciência, vaiou seus jogadores e ainda ensaiou gritos de olé, enquanto assistia o time gremista tocar a bola com personalidade. Aos 45 min, o árbitro Marcelo Aparecido de Souza, que na etapa inicial, havia advertido Luxemburgo, o expulsou. O treinador gremista deixava o campo lentamente, quando viu a arbitragem marcar pênalti para o Cruzeiro. Sob vaias dos torcedores celestes, alguns deles se posicionando de costas para o gramado, Wellington Paulista converteu a cobrança e fez o chamado gol de honra.