Foi um jogo sem gols, sem bom futebol, sem emoção e sem o teste para avaliar o padrão Fifa. Só não faltaram tropas de choque da Polícia Militar e filas quilométricas em volta do Estádio Nacional (Mané Garrincha), em Brasília. Para evitar um vexame, os policiais liberaram a vistoria com detectores de metal - uma exigência na Copa das Confederações - uma hora antes do início do jogo para garantir que milhares de torcedores entrasse na arena até o final do primeiro tempo.
Com a falta de revista na entrada, o evento não serviu como teste para o jogo entre Brasil e Japão, na abertura da Copa das Confederações, no próximo dia 15. Os 63.501 torcedores que pagaram ingressos de R$ 160 a R$ 400 para assistir ao jogo enfrentaram uma série de obstáculos.
Às 13 horas, já havia filas nas portarias com detectores de metal. Após a barreira, os torcedores tinham de enfrentar outra fila nos portões do estádio e as falhas nas catracas que faziam a leitura dos ingressos. Quando a polícia deixou de fazer a vistoria com detectores, a espera nas filas passou a ser de 1 hora e 30 minutos. Dentro da arena, havia ainda aglomeração nos bares e banheiros.
A polícia tratou o evento como uma cúpula de chefes de estado, levando para o estádio centenas de homens armados. Um helicóptero sobrevoou o local o jogo todo. Os agentes controlaram um raio de dois quilômetros em torno da arena, proibindo o trabalho de ambulantes e estacionamento de carros.
O serviço de locução do estádio, com traduções em inglês e espanhol, falhou ao anunciar quem tinha recebido cartão do árbitro, trocando os nomes dos jogadores. Os vestiários, o setor de imprensa e corredores ainda não foram finalizados. Sobras de material de construção estão por toda a parte da área interna do estádio.
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