Publicado em 23/05/2024 às 11:00, Atualizado em 23/05/2024 às 00:47
Em nota, associação cita que federação está 'praticamente acéfala e vivendo uma crise jamais vista'
Através de nota, a Acems (Associação de Cronistas Esportivos de Mato Grosso do Sul) fez a primeira manifestação pública sobre a operação ‘Cartão Vermelho’. Deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), a investigação tem como um dos alvos Francisco Cezário de Oliveira, 77 anos, que comanda a FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul).
Assinada pelo presidente da Acems, José Antonio Coca e o vice-presidente Thiago Lopes de Faria, a nota começa citando a operação que ‘trouxe à tona o maior escândalo de corrupção da história do nosso futebol’. Na continuação, a associação sai em defesa da continuidade das investigações ‘como forma de passar a limpo o combalido futebol profissional de Mato Grosso do Sul’.
Além do ‘dono da bola’, como é conhecido Francisco Cesário, a operação Cartão Vermelho investiga outras seis pessoas. A lista de investigados inclui dirigentes da FFMS, hoteis e barbearias do interior do Estado.
Segundo o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), a operação tem como objetivo desmontar organização criminosa instalada na FFMS para desviar valores provenientes de convênios com o Estado de Mato Grosso do Sul e repassados pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
‘Hora de agir’ - Na nota, a Acems chama atenção das ‘pessoas de bem’ que militam no esporte dizendo que é hora de reagir e cobrar mudanças da FFMS.
Leia o documento na íntegra:
A Acems – Associação de Cronistas Esportivos de Mato Grosso do Sul – acompanha os desdobramentos da operação cartão vermelho do Ministério Público Estadual, através do Gaeco - Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – que trouxe à tona o maior escândalo de corrupção da história do nosso futebol, com prisões e cumprimentos de mandados de busca e apreensão.
Entendemos que todas as pessoas presas e denunciadas tenham amplo direito à defesa, mas é necessário que apoiemos as investigações como forma de passar a limpo o combalido futebol profissional de Mato Grosso do Sul, que hoje é um dos piores no ranking da CBF.
O Ministério Público Estadual e a justiça estão fazendo a sua parte, mas as pessoas de bem que militam no esporte, também precisam reagir, não apenas com indignação, mas cobrando firmemente mudanças no comando da FFMS – Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul - que está praticamente acéfala e vivendo uma crise jamais vista.
É necessário que a CBF e a justiça desportiva, atuem para que as coisas realmente mudem, para o bem do nosso futebol. é hora de agir porque existem competições em andamento, outras perto de iniciar e, mais do que isso, cada dia perdido, pode não ser recuperado.