Ninguém no Fluminense poderia supor que o clássico deste domingo com o Flamengo se transformasse num pesadelo para a equipe. O Rubro-Negro venceu por 3 a 1, de forma surpreendente. O time, comandado por Jorginho, faz campanha muito ruim no Campeonato Carioca e já está afastado da disputa pelo título há duas semanas.
Mas atuou com vibração no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, e envolveu o Fluminense até com alguma facilidade. Pelo menos no primeiro tempo e no início da outra etapa. O time tricolor, mesmo com a vaga assegurada na semifinal, teria de vencer para fechar a rodada na frente do Resende, que tem 15 pontos e é o líder do Grupo B. O Flu estacionou nos 13 e agora precisa derrotar o Bangu na semana que vem e torcer contra o Resende, que enfrenta o Boavista na última rodada da fase classificatória da Taça Rio, para assim evitar o Botafogo (primeiro do Grupo A) numa das semifinais.
O Flamengo começou com empenho fora do comum na temporada. Atuava com velocidade e tinha em Leonardo Moura um dos destaques. Ele ganhava todas as jogadas pelo seu setor, envolvendo o lateral Carlinhos. O primeiro gol surgiu de um cruzamento de Léo. Hernane, que não fazia gol havia cinco partidas, quebrou o jejum e abriu o placar de cabeça. As chances do Fla se repetiam e o Fluminense, talvez preocupado com o jogo de quinta-feira pela Libertadores, contra o Caracas, não reagia.
Carlinhos cometeu pênalti em Rafinha ainda no primeiro tempo e Renato Abreu cobrou com perfeição para ampliar. Renato, de novo, surgiu na área do Fluminense para não desperdiçar rebote do goleiro Diego Cavalieri, logo no início do segundo tempo, e fez 3 a 0.
Desenhava-se uma goleada e o técnico do Flu, Abel Braga, gesticulava e gritava, muito nervoso, com a perda da invencibilidade do time na Taça Rio. Pretendia em vão arrumar a equipe. A equipe tricolor até que melhorou um pouco e Rafael Sóbis diminuiu após lance bonito de Carlinhos. Minutos depois, Abel era expulso pelo árbitro Marcelo de Lima Henrique por excesso de reclamações.
Os dois times já davam sinais de cansaço. O Flamengo explorava os contra-ataques a fim de chegar ao quarto gol, enquanto o Fluminense apostava nos passes de Felipe, que entrou no meio da segunda etapa na vaga de Edinho, para diminuir a diferença. Mas ele pouco produziu.
Como o Flamengo também tem compromisso no meio de semana - enfrenta o Remo na quarta-feira, pela Copa do Brasil, também em Volta Redonda -, a partida ficou mais fria nos minutos finais.
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