Publicado em 01/12/2024 às 16:31, Atualizado em 01/12/2024 às 11:34

Defesa do Palmeiras perde marca de dois anos e vira preocupação de Abel no Brasileiro

Verdão estava desde abril de 2022 sem sofrer três gols atuando em casa e precisará recuperar baliza zero para ainda sonhar com tricampeonato brasileiro na temporada

Redação,

Seguir sonhando com o tricampeonato brasileiro depois de perder a liderança, ultrapassado pelo Botafogo, com a derrota no confronto direto de terça-feira, passa por um setor do Palmeiras: a defesa. Alvo de mudanças e inconstância, ela será um ponto de atenção para as duas rodadas finais da Série A.

É assim que pensa o técnico Abel Ferreira, ao minimizar os problemas de eficácia ofensiva para chamar a atenção da defesa após a derrota por 3 a 1 para o Botafogo.

– Defensivamente se calhar temos que melhorar. É na forma como sofremos o primeiro gol, o segundo – disse o treinador.

Na ocasião, o primeiro gol saiu em uma cobrança de escanteio com jogada ensaiada e o segundo com lançamento em tiro de meta que a defesa alviverde não acompanhou na corrida.

Foi a primeira vez em dois anos e meio, desde abril de 2022, que o Palmeiras sofreu três gols atuando em casa.

A última vez havia sido contra o Ceará, na primeira rodada do Brasileiro de 2022, quando o Verdão esteve abaixo do padrão, teve menos intensidade e perdeu por 3 a 2, perdendo também a invencibilidade do Allianz Parque naquele ano - depois de dez vitórias e um título paulista.

Se a baliza zero na maior parte do tempo tornou-se fundamental para a regularidade do time, neste momento ela está distante de manter constância.

Ao longo do último mês, desde o fim de setembro até aqui, o Palmeiras sofreu 12 gols em nove jogos - contra Atlético-MG, Juventude, Fortaleza, Bahia e Botafogo. Só passou limpo diante do Bragantino - com empate sem gols -, Grêmio e Atlético-GO, em que o Verdão venceu pelo placar mínimo, ainda que sem mostrar seu melhor desempenho.

A equipe chegou a sofrer com falhas individuais, mas dessa vez os problemas estiveram mais próximos das falhas coletivas na marcação.

A exceção foi o desempenho de Felipe Anderson, desconectado do jogo, e a expulsão de Marcos Rocha, que poderia ter sido evitada. O próprio Abel Ferreira admitiu que o lateral-direito caiu na pilha do rival.

– Caiu e não devia ter caído. Falamos sobre esse tipo de jogo, o controle emocional, mas acontece. Não é caso raro ou único. Nosso adversário é uma equipe cascuda, o Rocha também – disse Abel, sobre a mão do lateral no rosto de Igor Jesus.

Nas partidas em que terminou vazado ao longo do último mês, as similaridades foram as constantes mudanças na última linha, com trocas na zaga e nas laterais, e no meio de campo.

Palmeiras 2 x 1 Atlético-MG: Giay, Gómez, Murilo e Caio; Anibal, Fabinho, Veiga e Mauricio.

Juventude 3 x 5 Palmeiras: Rocha, Gómez, Vitor Reis e Caio; Anibal, Rios e Veiga.

Palmeiras 2 x 2 Fortaleza: Mayke, Gomez, Vitor Reis e Caio; Zé Rafael, Rios e Veiga.

Corinthians 2 x 0 Palmeiras: Rocha, Gomez, Vitor Reis e Caio; Anibal, Rios e Veiga.

Bahia 1 x 2 Palmeiras: Rocha, Murilo, Vitor Reis e Caio; Anibal, Mauricio e Veiga.

E para a sequência final do campeonato as mudanças voltarão a ser uma questão, já que Marcos Rocha e Gustavo Gómez estão suspensos e precisarão ser substituídos para o jogo contra o Cruzeiro, às 21h30 da quarta-feira, em Minas Gerais.

Continuar sonhando com o tri, contudo, passa por uma vitória lá.

Fonte - ge