Publicado em 31/03/2021 às 13:30, Atualizado em 31/03/2021 às 13:07
Até agora, decretos dos governos dos Estados paralisaram o futebol e os Estaduais em quatro locais onde há times do Brasileiro da Série A
A CBF tem alertado federações que não atrasará o início do Brasileiro por conta de paralisações dos Estaduais pela pandemia do novo coronavírus. Ou seja, os quatro Estados que tiveram competições paradas terão de dar um jeito para encaixar jogos perdidos até 23 de maio. A Série A está marcada para começar em 30 de maio, e a Série B, dois dias antes.
Até agora, decretos dos governos dos Estados paralisaram o futebol e os Estaduais em quatro locais onde há times do Brasileiro da Série A por conta do agravamento da pandemia de covid-19: Ceará, São Paulo, Goiás e Minas Gerais. Outras regiões como Rio de Janeiro e Paraná têm restrições de partidas em algumas cidades, e outras, não. Por isso, continuam.
As medidas de prefeitos e governadores foram reações ao esgotamento do sistema de saúde, com filas para UTIs de covid, e o consequente aumento do número de mortos: a média móvel do país aponta mais de 2 mil óbitos por dia na última semana.
O cenário mais complicado é São Paulo que tem cinco times na Série A, São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Santos e Red Bull Bragantino, além de outros na Série B. O decreto do governador João Doria já impediu três rodadas e deve impedir outros três jogos. A decisão da FPF é tentar reagendar tudo dentro dos limites de datas, mas ainda tem o problema de jogos da Libertadores e Copa do Brasil em abril.
Em Minas Gerais, o Estadual perdeu duas rodadas e a expectativa é retomar no início de abril. Neste caso, as rodadas seriam remanejadas para datas da Copa do Brasil.
O plano é similar em Goiás onde três rodadas foram perdidas: aproveitar datas da competição nacional e possivelmente da Sul-Americana se esta for adiada. O problema é que o governo do Estado ensaia intervalos de 14 dias com tudo fechado, alternados a 14 dias liberados.
Às federações, o diretor de competições, Manoel Flores, tem dito que a CBF não abre mão do início do Brasileiro e caberá a cada um resolver seu Estadual até lá. Oficialmente, a CBF não deu uma posição quando questionada: informou ser cedo diante da indefinição atual.
Só que, se as paralisações ultrapassarem três rodadas, o cenário já é visto como difícil por federações para conseguir a conclusão dos Estaduais antes do Nacional. Neste caso, haveria duas soluções: pressionar a CBF novamente por uma mudança de posição ou buscar um outro caminho com Estaduais durante o Brasileiro. Neste caso, o temor é as competições se tornarem irrelevantes para os times em meio ao Nacional.
Há uma lembrança entre dirigentes de que o presidente da CBF, Rogério Caboclo, costuma ter posições duras no início, mas às vezes cede na sequência. Além disso, está próximo de Reinaldo Carneiro Bastos, da FPF, que tem o principal gargalo do Estadual.