Fracasso e tristeza dominaram o discurso de Bruninho após o vice campeonato inédito para a Argentina no Sul-Americano de vôlei. Irritado após perder o título para os hermanos, o capitão puxou para si a responsabilidade parcial no revés, mas, acima de tudo, olhou para frente - já vislumbrando o pré-olímpico, que começa no final de setembro.
"Sentimento muito ruim nesse momento, de fracasso, vergonha, de tristeza. Pessoalmente mesmo, porque não reproduzi o que desejei. Mas a gente não tem tempo nem de lamentar. É juntar os cacos. Tudo funcionou pouco hoje", desabafou, em breve entrevista na saída da quadra do Geraldão.
- A gente tem uma equipe com vários jogadores que podem estar jogando, uma equipe homogênea. Mas fica mais um sentimento ruim, perder em casa sempre é ruim - acrescentou.
Disperso, o Brasil acabou derrotado por 3 sets a 0 para o rival sul-americano - em um revés inédito no torneio, inclusive. Porque foi a primeira vez na história em que o time saiu derrotado em uma final de Sul-Americano de vôlei.
Além disso, a Seleção era a atual campeã do campeonato e venceu 33 dos 35 disputados - só ficando fora da edição de 1964, cujo ano a Argentina sagrou-se campeã (àquela altura, pela primeira vez).
Agora, até o pré-olímpico, a ser realizado no Rio de Janeiro - no último teste antes das Olímpiadas de Paris, em 2024 -, o Brasil terá cinco semanas de trabalho. Tempo, aponta Bruninho, para se fazer ajustes e, principalmente, trabalhar para a reconquistar confiança enquanto grupo.
"A gente precisa retomar a confiança, que de certa maneira perdemos um pouquinho nessa temporada. A gente precisa melhorar nosso jogo, torná-lo alegre, mais agressivo. São coisas que a gente precisa recuperar para dar continuidade a esse pré-olímpico, que será muito duro. Voltar a confiar", aponta.
Fonte - GE
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