Teve gol da Colômbia anulado, atacante perdendo chance na pequena área, sem goleiro, e muita pressão da torcida em Cali.
Apesar de todas as adversidades, a seleção brasileira reagiu após sair atrás no marcador, buscou o empate por 1 a 1 em Cali e assumiu a liderança do Grupo A do Campeonato Sul-Americano sub-20. De quebra, ainda ajudou a rival Argentina, que estava com um pé fora do hexagonal e agora só depende de suas forças em confronto direto com os donos da casa na sexta-feira.
Mesmo com a vaga antecipada, o Brasil mostrou seriedade no duelo com a Colômbia, que precisava vencer para também se classificar. Com quase todos os titulares em campo, a seleção verde e amarela até começou bem, depois viu os rivais crescerem e abrirem o marcador, mas mostraram força para igualar o placar ainda na primeira etapa. Na volta do intervalo, em clima mais quente, Ramon Menezes acertou a marcação e o time não sofreu tanto. Mas também não assustou na frente.
Com sete pontos, o Brasil superou o Paraguai no saldo de gols (5 a 2). As seleções já estão classificadas e se enfrentam na sexta-feira, às 20h30 (MS), para definir quem avança em primeiro da chave. Na preliminar, a Colômbia joga pelo empate diante dos argentinos na definição da última vaga.
Depois de ganhar do Peru na preliminar por 1 a 0, desencantando na competição, os jogadores e a comissão técnica da Argentina foram para as arquibancadas torcerem para o Brasil não perder da Colômbia. Caso os donos da casa vencessem, estariam eliminados com uma rodada de antecedência.
Mesmo com vaga ao hexagonal final garantida desde a rodada passada, os brasileiros queriam defender a invencibilidade para assumir a liderança do Grupo A. Tinham seis pontos, diante de sete do Paraguai, com quem fecham a primeira fase.
Do outro lado, os colombianos também buscavam triunfo para carimbar a vaga e evitar um confronto decisivo com os argentinos na rodada final. Eles entraram em campo com quatro pontos, contra três dos hermanos.
O técnico Ramon Menezes optou por descansar o artilheiro Vitor Roque, centralizando Geovane e optando por Stênio pela beirada. Mesmo sem seu astro, o Brasil até começou bem, rondando a área, mas sem conseguir finalizar com perigo.
Empurrado pela torcida, a Colômbia foi crescendo aos poucos. Aos 10 minutos, Castilla surgiu livre, atrás da marcação, mas optou pelo cruzamento ao invés de bater no gol, desperdiçando chance de ouro. Aos 26, Monsalve encobriu Mycael com uma cavadinha de fora da área e a bola foi às redes. Mesmo sem VAR no Sul-Americano sub-20, a arbitragem anulou por impedimento.
A pressão que naquele momento já era grande, se transformou em vantagem no placar aos 30 minutos. Caraballo tentou dominar e acabou servindo o capitão Puerta, que mandou um chutaço, no ângulo, para enorme explosão de alegria em Cali. A festa colombiana era tão entusiasmada que até gritos de "olé" foram ouvidos com somente 34 minutos.
Caraballo poderia se consagrar aos 40 minutos em lance que começou com um chutão do goleiro. Após troca de passes, ele recebeu o cruzamento na pequena área e perdeu gol inacreditável, sem goleiro. E o castigo foi instantâneo.
O Brasil igualou o placar antes do intervalo com o capitão Andrey Santos. Guilherme Biro cobrou a falta com perfeição e o volante apenas escorou para as redes. Comemorou com o famosos "eu estou aqui." Terceiro gol do volante, igualando a artilharia da seleção com Vitor Roque. No momento de maior dificuldades na partida, a equipe de Ramon Menezes buscou a igualdade para "esfriar" os ânimos dos colombianos.
O segundo tempo começou quente, e um princípio de confusão paralisou o jogo por alguns minutos. Após o empurra-empurra, o árbitro chamou a atenção de Ramon Menezes e a bola voltou a rolar. Mas as entradas começaram a ser mais bruscas, inflamando ainda mais a torcida. O técnico brasileiro tirou Andrey Santos para evitar que o volante fosse expulso.
Com a marcação mais ajustada, o Brasil não sofreu tanto. Mesmo assim, os colombianos podiam ter feito o segundo gol. Caraballo furou, sozinho, na área, perdendo outra boa oportunidade. O técnico perdeu a paciência e tirou o camisa 11. Apesar das mudanças, nada pôde fazer para superar a segura defesa brasileira.
Com informações da Agência Estado
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