Publicado em 11/05/2016 às 12:35, Atualizado em 27/07/2016 às 11:23

Vendas do comércio no 1º trimestre têm a maior queda desde 2001

Nova Notícias - Todo mundo lê

Redação, G1

As vendas do comércio varejista brasileiro registraram queda de 0,9% em março na comparação com o mês anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (11). Essa é a maior baixa para março desde 2003, quando o varejo teve retração de 2,4%.

No primeiro trimestre, o comércio acumula queda de 7%, a maior da série, que, para essa base de comparação, teve início em 2001. Em março, frente ao mesmo mês do ano passado, as vendas caíram 5,7%.

A maioria dos ramos do comércio mostrou resultados negativos de fevereiro para março, com destaque para o de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que depois de uma leve recuperação em fevereiro, voltou a recuar 1,7% no mês seguinte.

Também influenciou o desempenho geral do varejo brasileiro o setor de móveis e eletrodomésticos, que depois de ver suas vendas subiram 6,1% em fevereiro, amargou uma queda de 1,1% em março. A venda de combustíveis e lubrificantes também pressionou a queda do índice nacional, ao mostrar retração de 1,2% após alta de 0,3% em fevereiro.

"Esse recuo aconteceu em perfil generalizado entre as atividades, mas tem forte influência do movimento de hipermercados. Isso reflete não só a perda real da renda, que tem impacto direto do consumo do setor supermercadista, mas também reflete a variação do preço dos alimentos, que subiu acima da inflação e que também afeta o consumo”, analisou Isabella Nunes, gerente de serviços e comércio do IBGE.

Na contramão, de um mês para o outro, cresceram apenas as vendas de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (6,1%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,7%).

Um ano atrás O volume de vendas recuou na comparação anual, fortemente influenciado pelos segmentos de móveis e eletrodomésticos (-13,8%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-11,9%), além de tecidos, vestuário e calçados (-14,1%), combustíveis e lubrificantes (-10,1%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,2%), entre outros.

Cresceram apenas as vendas de farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (2%).

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