Publicado em 08/05/2019 às 16:02, Atualizado em 08/05/2019 às 16:28
Revendedoras consideram o aumento como distorcido e cobram medida da ANP.
O consumidor comum em Mato Grosso do Sul tem sido diretamente impactado com o aumento no preço do gás GLP, popularmente conhecido como gás de cozinha. Em algumas regiões do estado, esse valor já alcançou os R$ 100 por botijão de 13 kg.
Levantamento feito pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) entre 28 de abril e 4 de maio de 2019 – antes do último aumento anunciado pela Petrobrás, válido desde o dia 5 – em sete dos principais municípios do estado mostra que Coxim tem o maior preço. Nos estabelecimentos consultados no município, o gás chega a 99 reais e o mais barato custa 80.
Em Campo Grande, o preço mínimo foi de R$ 55 e máximo de R$ 85. Em Corumbá, o valor chega a 90 reais e o mais barato R$ 75. Em Dourados, esses valores ficam entre 63 e 82 reais. Entre os locais do levantamento, Três Lagoas ainda consegue segurar o menor valor, entre 60 e 65 reais.
Reajuste
A Petrobras informou que desde 5 de abril elevaria em média em 3,4% os preços do gás liquefeito de petróleo de uso residencial, o gás de cozinha do botijão de 13 quilos. O último reajuste havia sido em fevereiro, quando os preços subiram cerca de 1% e faz parte da política de preços adotada deste o ano passado, com reajustes trimestrais.
Ao contrário do que informado em nota da Petrobrás, a Associação Brasileira dos Revendedores de GLP (Asmirg), entidade nacional representativa do setor revenda, informa que o aumento não é de 3,4%, e sim R$ 0,87 no preço de compra do revendedor.
A entidade lamenta que a ANP não contenha abusos e “sequer vem a público esclarecer de forma simples que o preço dos combustíveis é livre, que o setor do GLP vive sob domínio de cinco empresas”.