Publicado em 06/08/2020 às 12:31, Atualizado em 06/08/2020 às 00:10
Recuperação no sétimo mês do ano já é apontada pelas concessionárias do Estado
As vendas de veículos no Brasil já começam a computar números de recuperação após o impacto da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) na comercialização.
Levantamento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) aponta que em julho foram vendidos 2.070 automóveis em Mato Grosso do Sul, aumento de 41,88% em relação ao mês de junho, quando foram comercializados 1.459.
São considerados os segmentos de automóveis comerciais leves, caminhões e ônibus. Na comparação com julho de 2019 houve queda de 15% na comercialização de veículos, quando foram registrados 2.448 emplacamentos.
Apesar da recuperação nos últimos meses, no acumulado do ano, considerando os sete primeiros meses de 2020, a retração na comercialização dos automóveis chega a 27,54%.
Entre janeiro e julho de 2019 foram vendidos 16.029 veículos no Estado, enquanto em 2020 o número chega a 11.615, de acordo com os dados da Fenabrave, que representa as concessionárias do País.
Por meio de nota, a Fenabrave-MS afirmou que a recuperação foi significativa e a expectativa é a de que os impactos para o segmento sejam menores do que os inicialmente esperados.
“O primeiro setor da economia a sofrer uma queda durante uma crise é o automotivo, mas também é o primeiro que se recupera. Com a recuperação gradual da economia começamos a ter um aquecimento das vendas. Em comparação com o ano passado ainda estamos abaixo, mas entre junho e julho tivemos um aumento bem significativo”, informou a Federação.
Fabricantes paralisaram a produção de automóveis ao redor do mundo por causa do coronavírus. Com a falta do produto no mercado, os revendedores também foram prejudicados.
“As montadoras estão voltando gradualmente à normalidade da produção. Alguns carros que são vendidos aqui são produzidos na Argentina, que também parou, e por isso houve falta de veículos no mercado. Com a retomada da produção e a economia que vem crescendo gradualmente, a gente acena para um crescimento até o fim do ano. Muito provavelmente não recuperaremos os números do ano passado, mas não terminaremos tão mal quanto a expectativa”, ressaltou a Fenabrave-MS.