Publicado em 23/09/2015 às 07:28, Atualizado em 27/07/2016 às 11:23
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Estimativa dos comerciantes da linha de fronteira do Brasil com o Paraguai é de que o movimento de turistas na região caiu de 60% a 70% por conta da alta do dólar, que superou os R$ 4,05 e teve a maior cotação da história nesta terça-feira (22). Com isso, o comércio de Ponta Porã passa a faturar mais, com aumento nas vendas em mercados, restaurantes e postos de combustíveis. Em contrapartida, o comércio paraguaio sofre com a moeda americana nas alturas.
De acordo com o vereador de Ponta Porã, Caio Augusto (PSD), o movimento do comércio na fronteira está muito ruim. "Estive conversando com o governador do Paraguai, Pedro Gonzalez, e foram mais de 7 mil demitidos só em Pedro Juan Caballero, por conta da alta do dólar, contou, revelando que várias lojas na linha internacional estão fechando as portas.
Segundo o parlamentar, apesar das dificuldades, as lojas maiores conseguem se manter no mercado paraguaio porque contam com público fidelizado, mas também sentem o impacto provocado pela crise econômica.
Já para o Brasil melhorou porque a gasolina fica mais barata para os paraguaios. Em Ponta Porã melhoram as vendas nos mercados, restaurantes e postos de combustíveis porque com o guarani os paraguaios têm um poder de compra um pouco maior que o nosso, comparou.
Vereador Caiu explicou ainda que dos 7 mil demitidos em Pedro Juan Caballero, cerca de 3,5 mil a 4 mil trabalhadores estão sendo contratados pelas mais de 35 indústrias brasileiras que estão se instalando no Paraguai por conta dos benefícios fiscais e da baixa carga tributária, que é de apenas 10%.
Já a Lei de Maquila proporciona outras vantagens para a indústria que pagará, na exportação, 1% sobre o valor agregado e tem isenção ao importar máquinas e matéria-prima.