O último levantamento mensal da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) aponta que a produção de máquinas agrícolas sofreu queda de 4,2% foram 5,7 mil em abril e 5,9 mil em março.
Comparado com abril de 2014, quando foram fabricados 7,1 mil máquinas, o decréscimo é de 19,8%. Até o quarto mês deste ano, a redução é de 21,9%, ou seja, 21 mil unidades em 2015 e 27 mil, no ano passado.
As vendas em abril também foram menores com um total de 4,3 mil unidades, 11,5% a menos que o registrado em março. No acumulado do ano, as 16,1 mil máquinas vendidas no atacado resultaram em queda de 22,9%.
No acumulado até abril, a venda de colheitadeiras foi de 1.375 unidades, volume 41,5% menor se comparado com igual período de 2014. Os tratores de rodas repassados à rede somaram 13,5 mil unidades, resultando em redução de 18%.
Mesmo sob a alegação de que, durante o mês de abril, ocorreram sucessivos feriados prolongados e, consequentemente, menor quantidade de dias úteis, é bom lembrar que a queda vem ocorrendo mesmo depois da realização de quatro grandes feiras de tecnologia agrícola no Brasil: a Show Rural Coopavel, em Cascavel (PR); Expodireto Cotrijal, em Não Me Toque (RS); Tecnoshow Comigo, em Rio Verde (GO); e Agrishow, em Ribeirão Preto (SP). Todas servem de parâmetro de compras por parte do agricultor.
Patamar Significativo
Para a vice-presidente da Anfavea, Ana Helena de Andrade, registramos produção e vendas inferiores aos últimos anos, mas estamos ainda em um patamar bastante significativo. E a expectativa é de que consigamos neste ano, principalmente a partir do segundo semestre, uma venda melhor do que a registrada nesse primeiro.
Ela reconhece que, durante a Agrishow 2015, as vendas foram 30% menores se comparadas com edições anteriores, mas devido ao dinamismo do agronegócio as vendas terão de acontecer mês a mês, assim como ocorreram antes da feira.
Mesmo assim, de acordo com Ana Helena, no geral o setor de máquinas agrícolas não espera uma recuperação nos mesmos níveis do ano passado.
Temos essa expectativa, mas também não temos uma expectativa de um aprofundamento da redução das vendas. Trabalhamos com o patamar de uma redução na faixa de 15% a 20%, destaca. Esperamos vender menos que no ano passado, uma redução de 15% a 20%, essa é a expectativa. Não esperamos nada pior do que isso.
O agronegócio é um dos segmentos do Brasil que tem as melhores expectativas de crescimento, é um PIB (Produto Interno Bruto) que deve crescer, as safras devem crescer sucessivamente, é contínuo.