Em abril, Mato Grosso do Sul apresentou índice de consumidores inadimplentes acima da média nacional. No estado, foi constado um aumento de 9,13% no número de inadimplentes, enquanto a média nacional teve alta de 8,6%, em relação ao mesmo mês do ano passado. Maranhão foi o que apresentou a maior alta (13,21%), seguido do Amapá (13,20%).
Por outro lado, o número de dividas em atraso por pessoa física inadimplente diminuiu em relação ao mesmo mês do ano passado. Em abril de 2013, o estado teve 1.847 dividas, já em abril desse ano foram constatadas 1.815 dividas em atraso. Os dados são do indicador mensal de inadimplência regional calculado pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito).De acordo com o SPC, dentre os cinco estados que registraram o maior crescimento da inadimplência, dois são da região nordeste, Maranhão (13,21%) e Rio Grande do Norte (11,70%). Outros dois são da região norte, Amapá (13,20%) e Acre (12,42%) e um é da região sul, Paraná (12,74%). Os dados revelam que as dividas com os bancos e no setor de comércio mostraram crescimento em todas as regiões do país, em especial nas regiões norte, nordeste e sul.
Para a economista-chefe do SPC, Luiza Rodrigues, os dados sobre a inadimplência do último mês refletem as condições menos favoráveis da atividade econômica nacional. De acordo com declaração da economista, divulgada no portal da Câmara de Dirigentes Logistas, os principais motivos desse cenário são a elevação da inflação, o aperto monetário e o crescimento moderado da massa salarial. A economista destaca, no entanto, que há fatores regionais que também influem nos índices de inadimplência.
Segundo o SPC, fatores como a renda per capta, analisados isoladamente, não são suficinetes para chegar a uma justificativa plausível para o aumento da inadimplência em casa estado. Notamos condições menos favoráveis ao consumo e ao pagamento de dívidas que são comuns a todas as regiões brasileiras. Nesse sentido, percebe-se que nos estados de regiões onde houve um processo recente de aumento do acesso ao crédito, como norte e nordeste, a alta foi mais significativa, avalia a economista.
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