A poupança voltou a bater recorde de captação em 2013, com um total de R$ 71 bilhões. Esse é o montante em que os depósitos superaram as retiradas nas cadernetas em todo o ano passado, informou ontem (7) o Banco Central.
O resultado de 2013 é 42,9% superior ao registrado em 2012, quando ingressaram na poupança R$ 49,71 bilhões valor que era até então o maior já captado pela caderneta de poupança para um ano fechado desde o início da série histórica do BC, iniciada em 1995.
Em todo o ano de 2013, as cadernetas receberam depósitos de R$ 1,43 trilhão. Já as retiradas foram de R$ 1,36 trilhão a diferença é a captação líquida de R$ 71 bilhões.
Apenas no mês de dezembro de 2013, a poupança captou R$ 11,2 bilhões, saldo do total de depósitos (R$ 148,5 bilhões) menos os saques (R$ 137,3 bilhões) registrados no período.
O BC informou ainda que os rendimentos creditados aos aplicadores no ano passado somaram R$ 30,5 bilhões. Com isso, a poupança fechou 2013 com um saldo total de R$ 597,9 bilhões ao final de 2012, esse valor era de R$ 496,3 bilhões.
Rendimento da poupança Com a decisão tomada no final de novembro pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a taxa básica de juros da economia brasileira para 10% ao ano, passou a haver um "equilíbrio" maior entre os rendimentos da caderneta de poupança e dos fundos de renda fixa, segundo análise da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
Isso ocorre porque o rendimento dos fundos de renda fixa sobe junto com a Selic. Já o rendimento das cadernetas, quando a taxa de juros está acima de 8,5% (o que acontece desde agosto de 2013), é fixo em 6,17% ao ano mais a variação da Taxa Referencial.
Caso a taxa de juros esteja igual ou abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento é de 70% da aplicação, mais a Taxa Referencial. As regras de remuneração da nova poupança foram mudadas em maio do ano passado, para aplicações feitas de 4 de maio de 2012 em diante.