Publicado em 07/05/2020 às 11:00, Atualizado em 07/05/2020 às 12:36
O avanço ocorre após uma recuperação recente dos preços do barril do petróleo no mercado internacional
A Petrobras elevará o preço médio da gasolina nas refinarias em 12% a partir de quinta-feira, dia 07 de maio e manterá o valor do diesel, confirmou a petroleira nesta quarta-feira (6).
O avanço ocorre após uma recuperação recente dos preços do barril do petróleo no mercado internacional, à medida que alguns países da Europa e da Ásia, assim como diversos Estados norte-americanos, começaram a flexibilizar medidas de isolamento tomadas em função da pandemia de coronavírus.
"O ajuste vem em linha com o que aconteceu no mercado internacional nas últimas semanas. Precisava mesmo, a gente estava com defasagem com relação à importação já faz mais de semana...", disse o chefe da área de óleo e gás da consultoria INTL FCStone, Thadeu Silva.
"Eu acredito que a Petrobras esperou para ver se o preço não devolvia, a volatilidade está muito grande no mercado internacional."
O repasse de ajustes em valores da gasolina cobrados nas refinarias aos consumidores finais, nos postos, não é imediato e depende de uma série de questões, como margem da distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de etanol anidro.
O barril de petróleo Brent -- referência internacional -- fechou na véspera com alta de 13,9%, acumulando ganhos pelo sexto dia consecutivo, enquanto o petróleo nos EUA (WTI) subiu 20,5% na terça-feira (5), tendo também cinco dias seguidos de alta.
Queda da gasolina e do diesel no ano
A alta de 12% da gasolina nas refinarias foi o primeiro avanço desde 20 de fevereiro, reduzindo uma defasagem na comparação com o produto importado após ganhos no mercado de petróleo.
Ainda assim, a gasolina da petroleira estatal -- responsável por quase 100% da capacidade de refino do país -- acumula queda de 46,5% neste ano, impactada por uma diminuição dos preços do petróleo e de seus derivados diante da propagação do novo coronavírus, que reduziu a demanda global.
No caso do diesel, a queda acumulada nas refinarias no ano é de 44%.
Fonte G 1