Publicado em 17/03/2016 às 17:30, Atualizado em 27/07/2016 às 11:23
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Mato Grosso do Sul apresentou queda de 14,7% no abate de bovinos no 4º trimestre de 2015, se comparado com o mesmo período de 2014. No ano passado, foram abatidos 144,76 mil cabeças a menos, de acordo com pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em contrapartida, houve crescimento no abate de suínos e frango, no Estado.
Mato Grosso apresenta maior queda no abate de bovinos no País, sendo que abateu 252,59 mil cabeças a menos se comparado com o 4º trimestre de 2014.No ranking das Unidades de Federações, Mato Grosso continua a liderar amplamente o abate de bovinos, seguido por Mato Grosso do Sul e São Paulo, mesmo com a queda na quantidade de abates.
Preços - De acordo com o IPCA/IBGE (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é o indicador oficial da inflação brasileira, todos os cortes de carne bovina tiveram incrementos de preços no acumulado de janeiro a dezembro de 2015, e quase todos acima do Índice geral da inflação.
O corte capa de filé teve aumento de 18,10% no preço, seguido pela costela, com valorização no valor de 16,42% e filé mignon, com aumento de 16,05%.
Exportações carne bovina - No 4º trimestre do ano passado, 85,9% da carne exportada foi para dez principais destinos, como Hong Kong (17,4%), China (17,1%), Egito (14,2%), Rússia (12,9%), Irã (7,6%), Venezuela (5,7%), Chile (4,4%), Itália (3,2%), Vietnã (1,8%) e Holanda (1,6%). Nesse período, o produto foi exportado para 72 destinos diferentes.
Abate de suínos A região Centro-Oeste é responsável por 14,1% dos abates de suínos, no 4º trimestre de 2015. Mato Grosso do Sul abateu 11,4% a mais em relação a 2014.
Em relação a exportação de suínos e na comparação entre os 4º trimestres 2015/2014, Santa Catarina registrou aumento de 15,5% no volume exportado, mantendo-se como principal Estado exportador de carne suína. MS exportou 1,1% a mais em 2015, passando de 3.640.810 kg para 3.681.755 kg de carne suína vendida principalmente para Rússia.
Preços Houve queda de 11% no preço pago ao produtor da carne suína no fim do ano passado, sendo que os valores médios negociados de outubro a dezembro de 2015 foi de R$3,55/kg, variando de R$3,48/kg a R$3,75/kg. No mesmo período de 2014, o preço médio foi de R$3,99/kg.
Segundo o CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a demanda mais enfraquecida causada pelas recentes altas contribuíram para o cenário de acomodação dos preços, mesmo com o cenário mais favorável para as exportações em novembro do que foi em outubro e dentro do esperado em dezembro.
Já para o consumidor, a carne suína encareceu 4,80% em um ano.
No 4º trimestre de 2015 foram abatidas 1,51 bilhão de cabeças de frangos no País, alcançando novo recorde da série histórica iniciada em 1997. A região Centro-Oeste teve participação de 15% no abate, sendo que a região Sul do País, respondeu por 59,8% no abate de frangos.
Na comparação com o 3° trimestre de 2015, o aumento do volume abatido informado pela Pesquisa Trimestral do Abate incrementou a oferta para o mercado interno. Arábia Saudita (21,2%), Japão (11,5%), Emirados Árabes (8,10%), China (7,4%) e Hong-Kong (6,3%) são os principais destinos em termos de participação nas exportações brasileiras de carne de frango.
Preços - Conforme o indicador Cepea, o preço médio do frango resfriado com ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) posto no frigorífico, de outubro a dezembro de 2015 foi de R$ 4,13/kg, variando de R$ 3,97kg a R$ 4,34kg.
No comparativo com o mesmo período de 2014, o preço médio foi de R$ 3,65/kg, representando aumento anual de 12,98%. O índice acumulado do ano até dezembro para o frango inteiro foi de 13,42%, enquanto que para o frango em pedaços foi de 3,43%.
Leite - No 4º trimestre de 2015 a maior parte de aquisição nacional de leite era feita pelo Sudeste com 42,1%. O Sul concentrava 35,5% da aquisição, enquanto que o Centro-Oeste, 13,5%. Porém, em comparação com o mesmo período de 2014, houve queda de 12,2% no Centro-Oeste e 10,6% em Mato Grosso do Sul, do leite cru, comprado pelos laticínios.