Publicado em 23/06/2015 às 08:58, Atualizado em 27/07/2016 às 11:23
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Com 14 plantas de frigoríficos fechadas e em torno de seis mil trabalhadores demitidos nos últimos dois anos, Mato Grosso do Sul caminha para um cenário de monopólio no mercado da carne se nada for feito para reverter o quadro de afunilamento instalado no setor, atualmente já estrangulado pela crise econômica. O alerta é do presidente da Associação de Matadouros, Frigoríficos e Distribuidoras de Carnes do Estado de Mato Grosso do Sul (Assocarnes-MS), João Alberto Dias, que já protocolou pedido de audiência pública na Assembleia Legislativa e Câmara Municipal de Campo Grande para debater o assunto.
Temos dados, como entidade, de 14 plantas locais, todas elas inspeção federal (SIF), das quais algumas habilitadas para exportação, e algo como cinco ou seis mil postos de trabalho fechados, fora os indiretos, em dois anos. Estamos vivendo esse fechamento de unidades, com geração de desemprego, e o Estado está afunilando e caminhando para um cenário de monopólio. Precisamos debater em audiência pública o cenário da (cadeia da) carne em Mato Grosso do Sul, destacou o presidente da Assocarnes-MS, João Alberto Dias.
De acordo com o dirigente, a entidade representa 34 frigoríficos em atividade e, deste total, 80% são inspeção estadual ou municipal, de pequeno porte, abatendo em média de 80 a 120 cabeças por dia. Não por acaso, todas as 14 plantas fechadas eram inspeção estadual, inclusive habilitadas para exportação e com capacidade média para abate de 400 a 500 cabeças por dia, empreendimentos que mesmo de médio porte representam concorrência no mercado para o grupo JBS, avalia o presidente da Assocarnes-MS.