Publicado em 08/05/2015 às 10:05, Atualizado em 27/07/2016 às 11:23
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O índice oficial de preços no Brasil registrou alta de 0,71% em abril. É a maior inflação para o mês de abril desde 2011, quando ela foi de 0,77%.
O resultado do mês passado representa uma desaceleração em relação a março (1,32%). No entanto, foi maior que a inflação de abril do ano passado (0,67%).
Com o resultado, a variação acumulada em 12 meses chegou a 8,17%. A variação está muito acima do limite máximo da meta do governo.
A intenção do governo é manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo --ou seja, variando de 2,5% a 6,5%.
Os dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor - Amplo) foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (8).
Na véspera, o Banco Central disse que o avanço no combate à inflação se mostrou insuficiente. O comentário foi feito na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada nos dias 28 e 29 de abril para decidir a taxa de juros.
A Selic, que é a taxa básica de juros do país, está atualmente em 13,25% ao ano. São os maiores juros em 6 anos e 4 meses, desde dezembro de 2008, quando a taxa estava em 13,75%.
A taxa de juros é um dos instrumentos mais básicos para controle da alta de preços.
Quando os juros sobem, as pessoas tendem a gastar menos e isso faz o preço das mercadorias cair (obedecendo à lei da oferta e procura), o que, em tese, controlaria a inflação.
(Com Reuters)