Publicado em 09/03/2016 às 16:35, Atualizado em 27/07/2016 às 11:23
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A inflação oficial do País, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), desacelerou de 1,27% em janeiro para 0,90% em fevereiro, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O dado ficou abaixo da expectativa do mercado de inflação em 0,98%, segundo estimativas colhidas pela Bloomberg News.
Em 12 meses, a inflação até fevereiro é de 10,36%, na primeira desaceleração para o período desde agosto, mas mantendo o maior patamar desde novembro de 2003, quando chegou a 11,02%. A expectativa era de 10,44%.
A inflação de fevereiro foi puxada pelos reajustes do grupo educação e pela alta nos preços de alimentos.
O reajuste médio nas mensalidades de cursos regulares foi de 7,73%, sendo o item individual com maior contribuição para o IPCA de fevereiro, com 0,21 ponto percentual.
Responsável por um quarto do indicador, os preços de alimentos e bebidas mostraram alta de 1,06% e contribuiu com 0,27 ponto no índice. Juntos, educação e alimentos, foram responsáveis por 60% da inflação do mês passado.
Também houve aceleração de preços nos grupos artigos de residência (0,45% para 1,01%), saúde e cuidados pessoais (0,81% para 0,94%) e comunicação (0,22% para 0,66%).
Do outro lado, a inflação desacelerou em transportes (1,77% para 0,62%) e despesas pessoais (1,19% para 0,77%).
O grupo vestuário passou de deflação de 0,24% para inflação de 0,24% e o grupo habitação passou de inflação de 0,81% para deflação de 0,15%, com a queda de 2,16% nas contas de energia elétrica.
A redução no preço da eletricidade ocorreu devido à redução no valor da bandeira tarifária vermelha, que passou de R$ 4,50 para R$ 3 por cada 100 kilowatts-hora consumidos, desde 1º de fevereiro.